Presidente da Caixa diz que resultado do trimestre é “surpreendente”

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, fala durante a cerimônia de assinatura do termo de compromisso entre a Caixa Econômica Federal e o Comitê Paralímpico Brasileiro, no Centro de Treinamento Paralímpico.

O resultado, obtido graças ao aumento de receitas e à redução de despesas, não era esperado porque, de acordo com Guimarães, o banco ainda passava por reestruturação durante os dois primeiros meses do ano.

“Nem eu esperava esse resultado, porque em janeiro e fevereiro estivemos em reestruturação”, disse hoje (24), ao divulgar o balanço trimestral, que apresentou redução de 24,4% nas despesas de Provisão para Devedores Duvidosos de R$ 2,8 bilhões no primeiro trimestre de 2019, e aumento de 2,3% nas receitas de prestação de serviços, que chegaram a um total de R$ 6,5 bilhões até março.

Odebrecht

Segundo o presidente da Caixa, o banco se precaveu de eventuais riscos decorrentes da recuperação judicial da Odebrecht, por meio de provisionamentos feitos no final de 2018. “Fizemos provisões porque era óbvia a necessidade de recuperação judicial pela empresa. Estamos muito tranquilos quanto a isso”, disse.

“Nossa expectativa de perda tende a zero, a menos que as garantias de imóveis sejam todas menores do que o apresentado”, acrescentou.

Guimarães disse que o nível de provisionamento planejado pelo banco, de cerca de R$ 500 milhões, inclui, ainda, cerca de 10 outras empresas do grupo que ainda não entraram, mas que provavelmente terão de entrar em recuperação judicial.

Banco Pan

Guimarães informou que a Caixa pretende vender a participação que tem no banco Pan. “Nós planejamos sair desse banco. Inclusive já estamos conversando sobre isso com nosso sócio, que é o BTG”.

  • Edição: Fernando Fraga
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