Sargento da PM agride a mulher policial civil dentro de delegacia

Militar invadiu delegacia e teria flagrado mulher com amante fazendo sexo. Ele foi preso em flagrante pela Corregedoria da PM, mas foi solto e responderá em liberdade; policial teria colocado ‘espião’ no celular da vítima para monitorar conversas

     Um sargento da PM agrediu a mulher, uma policial civil, dentro da delegacia de Teresópolis, na Região Serrana, depois de uma suposta traição. O caso aconteceu no último dia 25 quando o militar invadiu a 110ª DP e teria flagrado a companheira com o amante fazendo sexo. Ele foi preso em flagrante pela Corregedoria da Polícia Militar e passou a noite preso, mas foi liberado após audiência de custódia.
O caso foi noticiado pelo jornal “Extra” e confirmado pelo o dia  A reportagem conta que o PM teria dito em depoimento à corregedoria da Polícia Militar que chegou à janela do local onde estava a mulher e o amante, que seria também policial civil, e ouviu gemidos da companheira durante um ato sexual. Ele admitiu ter dado um soco na vítima.
A 110ª DP (Teresópolis) instaurou um inquérito para apurar o crime de violência doméstica praticado pelo PM dentro da delegacia contra a policial civil. Além da agressão, o oficial teria ainda instalado um dispositivo no celular da vítima para monitorar as conversas dela em aplicativos de mensagens, conforme seu depoimento, já que desconfiava que estava sendo traído.

Segundo o delegado Bruno Gilaberte, titular da delegacia, foi solicitado ao 30º BPM (Teresópolis), onde o policial é lotado, a apresentação do PM à Civil, mas eles entenderam que se tratava de um crime militar e encaminharam o policial para a Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), onde ele prestou depoimento.

As investigações da delegacia também vão apurar a invasão de dispositivo informático contra o autor da agressão, além do crime de violência doméstica de outro policial militar que acompanhava o agressor, viu o fato e não socorreu a vítima.
Em nota, a PM disse que o sargento responderá criminalmente no âmbito da Justiça Militar, com base na Lei Maria da Penha. Um procedimento interno disciplinar foi instaurado pela Corregedoria da corporação.
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