Oito pessoas foram detidas na manhã desta terça-feira na operação Pedágio Expresso, que investiga fraudes na aquisição de dispositivos para pagamento automático de pedágios e estacionamentos, chamados de “tags”. Por meio do esquema, os suspeitos conseguiam utilizar o estacionamento do Galeão sem pagar. Cada veículo irregular representava para eles um lucro diário de até R$ 300.
A ação foi deflagrada pela Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio (DAIRJ) e contou com todo o efetivo da especializada. De acordo com as investigações, funcionários das empresas de tags se associavam a pessoas físicas para cometer os delitos. Ao todo, mais de 30 motoristas de táxi e aplicativos foram conduzidos para prestar esclarecimentos.
Funciona assim: com anuência dos funcionários, os motoristas compram tags em nomes de terceiros. O pagamento, então, é cadastrado em débito automático em contas inexistentes ou em cartões de crédito clonados.
Em seguida, os dispositivos são vendidos para outros motoristas por um valor que varia de R$ 100 a R$ 200. A partir disso, os compradores conseguem utilizar os tags de maneira ilimitada sem arcar com mensalidade ou fatura, até que as empresas descubram a irregularidade.
Até o momento, sete pessoas foram presas pelo uso de tags fraudados e uma por inserir dados falsos em cadastro de aplicativo de transporte. A delegacia identificou, ainda, outras modalidades de fraude. Os participantes do esquema também responderão por receptação, uma vez que se beneficiaram conscientemente do produto de um crime.
A especializada identificou e listou veículos que fazem uso dos dispositivos irregulares. Uma das empresas que comercializa tags também acompanha a operação.