Chatuba ganha sua primeira clínica da família

 

                              Unidade Walter Borges será responsável pelo atendimento de 12 mil pacientes do bairro e, por mês, tem condições de realizar mais de três mil consultas

Foi inaugurada neste sábado, dia 17 de agosto, a primeira clínica da família da Chatuba. Terceira lançada no município de Mesquita, a Clínica da Família Walter Borges tem três equipes de saúde da família, duas equipes de saúde bucal e a atuação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, o NASF. Com isso, será capaz de atender uma área territorial que engloba cerca de 12 mil pessoas. A estimativa é de que sejam realizadas mais de três mil consultas todos os meses. O horário de funcionamento é das 7h às 18h, de segunda a sexta-feira, e das 8h ao meio-dia, aos sábados.

“O modelo de clínica da família é elogiado e já foi premiado em outros países. Na minha visão, políticas públicas que funcionam precisam ser respeitadas e servir de exemplo. É isso que está acontecendo em Mesquita. Usamos como referência um modelo que deu certo em outros lugares e, hoje, nós já somos vistos como referência para alguns municípios”, valorizou o prefeito Jorge Miranda, durante a inauguração.

A Clínica da Família Walter Borges fica na Rua Inácio Serra s/nº, onde antes funcionava a ESF Walter Borges. O espaço tem cinco consultórios, uma farmácia, sala de reunião, sala de saúde bucal, sala de procedimentos/coleta de exames, sala de imunização e sala de curativos. Serão realizados teste do pezinho em recém-nascidos, coleta de exames laboratoriais – de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h –, eletrocardiograma e aplicação de vacinas, entre outros serviços. Um polo de farmácia municipal também está instalado ali, para que os pacientes recebam os medicamentos oferecidos pelo município na própria unidade. Além disso, os pacientes que tiverem encaminhamento para ultrassonografia e raio-x já sairão da clínica com os procedimentos marcados.

“Quando você trabalha a atenção básica de um grupo de 12 mil pessoas, como faremos aqui, você melhora a vida de milhões de pessoas. Sim, porque uma atenção básica eficaz contribui para a diminuição das filas no atendimento emergencial. Prevenir é sempre o melhor a fazer. Assim, você melhora a qualidade de vida da população e ainda elimina gastos futuros com doenças que podem e devem ser evitadas. Esse é o nosso objetivo”, analisa Jorge Miranda.

Durante a inauguração, a Secretaria Municipal de Saúde promoveu uma ação na lateral da clínica. Foi possível aferir pressão e glicose, retirar preservativos e obter informações de programas municipais, como o de hanseníase, PAISMCA, Tabagismo e outros. Em seu discurso, o secretário municipal de Saúde, Dr. Emerson Trindade, comemorou os bons resultados das duas primeiras clínicas da família de Mesquita. “A Dr. Jorge Campos, na Coreia, já fez um ano e ultrapassou a marca de 30 mil atendimentos. A Jacutinga vai completar seu primeiro aniversário mês que vem e já registramos mais de 60 mil atendimentos. Sabemos que esse é um modelo que está dando certo na cidade”, informou. Além disso, Dr. Emerson deu duas grandes notícias para a população mesquitense. “Até o final deste ano, queremos inaugurar a Clínica da Família São José, em Santa Terezinha, e também a Clínica da Família Edson Passos”, avisou.

Consultor de Saúde do município de Mesquita, Thiago Wendell frisou o processo de mudança que vem acontecendo na Chatuba. “A Chatuba é o bairro com o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do município. E há um esforço coletivo para virar esse jogo. Tanto que foi inaugurado há poucas semanas um novo CRAS aqui. Além dessa Clínica da Família, a prefeitura está transformando um lugar que antes era chamado de ‘Muro da Vergonha’ (já serviu como depósito de lixo) em um grande polo cultural e escola de circo. Vamos mudar os indicadores de saúde dessa população. E transformar as vidas dessas pessoas”, declarou.

Entre a população que será atendida pela clínica, o sentimento era de confiança durante a inauguração. “Esse é um grande avanço para nós, porque acabávamos tendo que nos deslocar. Para fazer exame de sangue, por exemplo, eu ia coletar no Centro. Agora, pelo que eu entendi, não vou mais precisar fazer isso”, exemplificou a aposentada Maria Lima, de 74 anos. “Eu sou uma mulher que se exercita e estou em plena atividade, mas tenho amigos que não estão. Famílias que têm idosos e crianças certamente vão se beneficiar, porque quanto mais perto estão as resoluções na área da saúde, melhor é para a gente”, disse a aposentada Maria Gama, de 71 anos, que aproveitou para aferir pressão e glicose no local.

 

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