Implantação da Delegacia de descobertas de Paradeiro na Baixada ganha apoio do Legislativo Estadual

A implantação de uma Delegacia de descobertas de Paradeiro   (DDPA) na Baixada ganhou apoio em reunião solicitada pelos movimentos sociais Baixada Fluminense com o deputado André Ceciliano atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. O deputado se comprometeu em contribuir junto ao Governo do Estado para que seja implantada  a delegacia especializada em desaparecidos na região.
Segundo o próprio deputado, a proposta é instalar na antiga delegacia distrital que fica em Vilar dos Telles, São João de Meriti, ao lado da prefeitura e o fórum da cidade. “Já existe equipamento, um prédio na região que temos que nos empenhar é para conseguirmos os equipamentos, mobiliário e pessoal para quê tenhamos esse importante instrumento de preservação da vida  e valorização da vida na Baixada Fluminense”, afirmou André Ceciliano

A primeira Delegacia de descobertas de Paradeiro  (DDPA) foi inaugurada na Cidade da Polícia em setembro de 2014. Em janeiro deste ano, o Governo do Estado criou a Coordenadoria de Desaparecidos, vinculada a secretária de Direitos Humanos e Assistência Social. Segundo dados, o Rio teve registrado uma média de 400 desaparecidos por mês no ano passado, chegando quase 5 mil casos em 2018.

Funcionado com dois núcleos, o de adultos e o de crianças e adolescentes desaparecidos. A DDPA da Capital Fluminense vai funcionar 24 horas e contará com 35 policiais. Além de receber denúncias pelo Disque-Desaparecidos 197, a delegacia vai contar com assistentes sociais, psicólogos e outros núcleos técnicos.

O fundador da Com Causa, o jornalista Adriano Dias, que atua na área de segurança pública e violência letal destacou “desde a segunda metade da década passada vem acompanhando os dados de desaparecidos que tem crescido paralelamente ao aumento do controle territorial principalmente pelos grupos criminosos denominados milícia” – segundo Adriano – “Ao contrário do que se fazia anos atrás, onde se colocava pilhas  de cadáveres para ostentar o medo, agora se some   com as vítimas. Sem a evidência de corpo, dificulta muito processo de investigação. Assim acreditamos que vários desses  desaparecimentos mascaram o número real de homicídios”.
Relato do jornalista, que já foi subsecretário de prevenção da violência na cidade de Nova Iguaçu, na Baixada, disse que na segunda metade da década passada os dados mostravam que ao mesmo tempo que se registrava queda do registro de domicílios dolosos, se aumentava o número de desaparecidos, principalmente em territórios com influência de milícias.

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