Acabou o mistério: Max Lemos transfere título para Nova Iguaçu e já apresenta provável vice

 

Prefeito Rogério Lisboa envia mensagem à Câmara de Vereadores criando mais de 300 na Codeni e no setor de Segurança Publica

Acabou o mistério sobre o destino político do deputado estadual Max Lemos e as próximas eleições para prefeito de Nova Iguaçu. Ele não só apresentou seu domicílio eleitoral na cidade, o que lhe habilita a disputar as eleições para prefeito, como também tornou público o nome do ex-vereador Anderson dos Santos Silva como o pré-candidato a vice-prefeito de sua provável chapa.
A habilidade política do pretenso candidato a prefeito de Nova Iguaçu pegou os adversários de surpresa, principalmente depois que a informação invadiu as redes sociais, dando conta inclusive, de uma aliança com vários partidos que contabilizam cerca de 200 candidatos a vereadores. Com a notícia, o maior impacto foi sobre o prefeito Rogério Lisboa, já desgastado por problemas na justiça.

Estratégia na composição de chapas

Max Lemos esperou até os 48 minutos do segundo tempo para transferir seu título de Queimados – cidade que governou por duas vezes – para Nova Iguaçu. O prazo para mudança com fins de disputar eleições encerra no dia 4 de abril. O suspense foi para não atrapalhar a composição das chapas, uma vez que sua candidatura também era especulada por Queimados. Em Nova Iguaçu ele já conta com apoio de vários partidos e cerca de 200 pré-candidatos a vereador. Já em Queimados, a chapa governista, que contará com o seu apoio, já tem 10 partidos e mais de 200 pré-candidatos a vereador.
Quanto a sugestão do nome do comerciante Anderson Santos, a indicação tem o aval do senador Romário, aliado de Max Lemos em, pelo menos, 22 dos 92 municípios do estado do Rio. Evangélico, Anderson sempre foi um parlamentar de expressiva votação em Nova Iguaçu, para vereador. Em 2008, por exemplo, obteve 4.483 votos, sendo o 1º do seu partido – o PPS. Em 2012, o mais votado do PDT com 6.191 votos. Em 2016, pelo PMDB, não se elegeu. Obteve 5.076, ocasião em que o partido já estava desgastado com os escândalos de corrupção. Em 2018, aliado do ex-prefeito Nelson Bornier, foi candidato a estadual pelo PROS. Sabe-se que obteve 12 mil votos, os quais não foram contabilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por falta de certidões.

Repercussão politica

A divulgação nas redes sociais sobre o domicilio eleitoral de Max Lemos em Nova Iguaçu teve grande repercussão na cidade e mexeu na estratégia do prefeito Rogério Lisboa, seu principal adversário. Um dos aliados próximo do prefeito comentou a indignação dele em um dos restaurantes situados à Rua Dr. Mário Guimarães, no Centro de Nova Iguaçu, a poucos quarteirões de onde mora Max Lemos, na Rua Rangel Pestana. “Ele ficou doido…confuso e p… dentro da roupa. A solução no momento foi criar, de forma discreta, mais de 300 cargos para atrair candidatos a vereadores e agasalhar seus cabos eleitorais…”, comenta o aliado do governo.
A discrição do ato seria para evitar comentários sobre gastos em tempos de coronavírus, quando o investimento deveria ser na proteção da população. Porém, a intenção não deu certo, já que o vereador Marcelo Lajes denunciou, na noite de terça-feira, dia 31, a mensagem do prefeito, aprovada pelos vereadores governistas na Câmara, criando 300 cargos na Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu (Codeni) e mais 16 no setor da segurança pública, cujo ato repercute na cidade, gerando comentários negativos, já que a cidade precisa de leitos para suspeitos de coronavirus.
Cautela
Chamado de “anormal” por Rogério, pelo fato de circular muito pelos bairros de Nova Iguaçu, conversando com moradores, Max continua sua rotina entre a Assembleia Legislativa (ALERJ) e encontros com pré-candidatos a vereadores, em locais arejados e mantendo os procedimentos sugeridos pelas autoridades que cuidam do combate ao coronavírus.

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