Inclusão na quarentena: o que as lives têm a dizer?

Com as opções de entretenimento restritas aos lares, muitas famílias encontraram nas lives dos artistas uma oportunidade para obter diversão. Em muitas lives, principalmente a dos famosos, existe a presença do intérprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), iniciativa que proporciona acessibilidade e representatividade para as pessoas com deficiência auditiva. Mas o que essa acessibilidade tem a nos dizer?
Para a empreendedora social Rosiane de Mello, que desenvolve projeto que leva o ensino de LIBRAS para crianças no início da vida escolar, é simples aparecer um agente propagador de acessibilidade apenas para manter uma boa imagem para quem patrocina as lives. Mas ela aprofunda o tema e levanta uma questão: “levaremos a acessibilidade para o nosso dia a dia?”, provoca.
A empreendedora social afirma que é importante compreender que contar com um intérprete de LIBRAS deve ir além da obrigação social. “Precisa ser real, precisa estar em shows presenciais, nas postagens cotidianas das redes sociais, na tradução de vídeos clipes. Precisa estar presente no dia a dia”, frisa.
Rosiane de Mello acredita na construção de um novo olhar sobre as diferenças e atua para estimular um ambiente verdadeiramente inclusivo.
“A acessibilidade não deve ser tratada como uma ferramenta para manter um status de artista socialmente responsável. Ela precisa ser prioridade de comunicação com o seu público. Acessibilidade é mais que um dever, é um direito”, finaliza.

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