Polícia Federal fez apreensões dos materiais de abuso sexual infantil na casa de homem
Um homem de 68 anos foi preso em flagrante na manhã desta segunda-feira pela Polícia Federal em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, onde morava e cuidava de uma escola desativada. No local foram encontrados arquivos com cenas de violência sexual contra crianças, o que resultou na prisão em flagrante. Os policiais cumpriam um mandado de busca e apreensão expedido pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio.
A delegada Paula Mary, chefe do Grupo de Repressão aos Crimes Cibernéticos (GRCC) responsável pelas investigações, contou que o suspeito não resistiu à prisão nem se mostrou surpreso ou assustado. O GRCC acompanha o caso desde o início deste ano por meio de monitoramento das conexões on-line com uso de ferramentas de inteligência virtual. O sinal vindo da instituição de ensino, mesmo com as aulas suspensas durante a pandemia do novo coronavírus, despertou a atenção dos agentes. No local, foram apreendidos diversos equipamentos, como celulares, pen-drives, mídias e HDs contendo imagens de abusos sexuais cometidos contra crianças a partir dos 2 anos de idade.
— O investigado confessou no momento. Até identificou onde estaria o material. Não se mostrou muito assustado ou arrependido. Em relação à escola, temos outras diligências em andamento, com partes que não podemos divulgar — disse a delegada do GRCC Paula Mary
Agora, as investigações continuam numa segunda etapa com a análise do que foi apreendido. O material será periciado para atestar se o homem praticava outros crimes, como a produção desses arquivos, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como de estupro de vulnerável, previsto em artigo do Código Penal. Já se descobriu que ele disponibilizava e transmitia arquivos com cenas de abuso e de exploração sexual pela internet, em rede internacional.
— (Vamos) Dimensionar não só quais foram todos os crimes por ele praticado, mas a quantos anos se dedica à prática criminosa, que já sabemos que não são meses. Sabemos que já tem anos que ele se dedica a essa prática criminosa — afirmou a delegada.
O homem trabalhou na escola onde foram apreendidos os equipamentos e os materiais. As informações iniciais são de que a instituição encerrou as atividades há pelo menos 1 ano e 6 meses. Ele morava no local sozinho, desde o fechamento. De acordo com a polícia, tem família, inclusive filhos e netos.