Número de feridos após explosão no Líbano sobe para 5 mil; 137 morreram

Incidente ocorreu em um hangar que armazenava 2.750 toneladas de nitrato de amônio

Subiu para 137 o número de mortos na explosão que devastou o porto de Beirute, capital do Líbano, na última terça-feira. O novo balanço foi divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, que diz que o total de feridos chega a 5 mil. O incidente ocorreu em um hangar que armazenava 2.750 toneladas de nitrato de amônio apreendidas no fim de 2013.
A substância é bastante usada em fertilizantes e inseticidas, mas também na fabricação de explosivos. A suspeita é de que o incêndio anterior à explosão tenha sido o gatilho para a detonação do nitrato de amônio armazenado no hangar.
Ajuda
Um grupo de 14 bombeiros italianos desembarcou em Beirute na manhã desta quinta-feira para ajudar nas buscas por sobreviventes e na identificação de substâncias perigosas, no âmbito de um programa de cooperação da União europeia.
Quem também está no Líbano é o presidente da França, Emmanuel Macron, primeiro líder internacional a visitar o país após a tragédia. “Quero organizar a cooperação europeia e, mais amplamente, a cooperação internacional”, disse o chefe de Estado.
Além disso, Macron acrescentou que, sem reformas, o Líbano continuará “colapsando”. Um avião militar da Turquia também chegou em Beirute com equipamentos médicos e uma equipe de 34 socorristas.
Já a Comissão Europeia mobilizou 33 milhões de euros para cobrir despesas emergenciais e a proteção de infraestruturas críticas na capital libanesa. Além disso, ofereceu equipes especializadas em substâncias químicas e nucleares e um navio militar com helicóptero para evacuação de feridos.
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) anunciaram ainda nesta quinta-feira que enviarão todo o estoque de pele de tilápia disponível na instituição, 40 mil cm², para ajudar a tratar queimados na explosão que devastou a cidade de Beirute.
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