Jovem torturado é resgatado pela Polícia Civil dentro do comunidade em Niterói

O jovem de 27 anos estatava muito machucado, após passar por tortura, e em estado de choque Foto: Divulgação / Pcerj

Um jovem de 27 anos, que era torturado por traficantes e estava próximo de ser executado dentro da comunidade da Barreira, no bairro Badu, em Niterói, foi resgatado pela Polícia Civil na tarde de quarta-feira, dia 14. Os agentes da 75ª DP (Rio do Ouro) estavam nas ruas para cumprir mandados de busca e apreensão contra menores de idade, quando se depararam com cinco traficantes próximo à boca de fumo na favela. Os bandidos fugiram sem trocar tiros com os policiais, que iniciaram uma perseguição.

Segundo o delegado Claudio Vieira de Campos, titular da 75ªDP, em um dos pontos da comunidade, eles se depararam com um homem muito machucado e que estava próximo de ser executado pelo “tribunal do crime”. Conforme o delegado, o jovem estava ali para ser executado. O homem foi internado no Hospital estadual Azevedo de Lima, em Niterói. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, ele se encontra no centro cirúrgico neste momento.

— Pelo que apuramos, ele é de outra facção e estava ali para ser executado. Encontramos ele muito machucado, com fratura exposta no braço e em estado catatônico. Ele foi hospitalizado e não conseguimos pegar o depoimento dele ainda para saber o que aconteceu. Vamos ir lá novamente para ver se ele tem condições de falar hoje — diz o delegado.

Conforme as investigações, o jovem reside próximo da comunidade, que é liderada por uma das maiores facções do Rio. Ele tem quatro anotações por tráfico, duas delas em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, uma em Icaraí e outras duas em Jurujuba, ambos bairros de Niterói. O caso foi registrado como tortura, mas o delegado ainda espera interrogá-lo para saber mais detalhes do caso.

— Eu registrei como tortura, mas precisamos ainda saber o que aconteceu, se ele consegue identificar alguém que participou da tortura. Casos como esse são difíceis de acontecer (um jurado de morte ser resgatado). É a segunda vez que pego um caso assim na minha carreira, a primeira foi em 1996, quando resgatei um cara no Morro da Cruz, uma comunidade da Tijuca. Naquele caso, o cara estava crucificado e acorrentado, já próximo da execução. Casos assim são incomuns, de chegarmos no momento exato e salvarmos os sujeitos — afirma o delegado.

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