Projétil é retirado das costas de jovem de 17 anos atingida por bala perdida na Tijuca e será analisado pela polícia

A jovem Júlia Borges, de 17 anos, baleada nas costas, na noite deste domingo, quando comemorava o aniversário de um primo na varanda de um prédio na Tijuca, Zona Norte do Rio, passou por uma cirurgia na tarde desta segunda-feira, no Hospital Quinta D’or, em São Cristóvão, onde médicos retiraram um projétil de aproximadamente 9 milímetros de suas costas. O procedimento durou pouco mais de 1 hora e, de acordo com informações da família, ela passa bem e já se recupera da anestesia. Júlia não corre risco de vida, mas, segundo os medicos, ainda não há previsão de alta.

A retirada da bala é importante também para as investigações da polícia. De acordo com o delegado titular da 19ª DP (Tijcua), Gabriel Ferrando, os agentes vinham aguardando a extração do fragmento metálico ou projétil das costas de Júlia para que o material, na sequência, seja encaminhado para exame pericial. O objetivo é descobrir de onde partiu o tiro.

Ainda segundo a Polícia Civil, ao longo da semana, testemunhas que participaram do evento serão ouvidas, bem como a vítima, assim que tiver condições para prestar declarações. Há previsão, ainda, de realização exames periciais complementares, no local, nas vestes da vítima que foram arrecadadas, exames periciais estes que irão auxiliar na identificação da trajetória, distância e origem do disparo.

Desespero

Julia estava na varanda do 3º andar do prédio na Rua Garibaldi com outros adolescentes quando deu um grito após ser baleada, por volta das 22h. Ela percebeu imediatamente que havia sido atingida por um disparo. A jovem foi socorrida pela mãe, Juliana Borges, e, em seguida, pela madrinha. Elas constataram uma perfuração na jaqueta da adolescente. Por não saberem a gravidade do ferimento, os pais da menina decidiram levá-la por conta própria ao hospital.

— Minha filha estava do lado dela e relatou que o som foi parecido com o de ”uma pedra batendo nas costas”. Vimos que não ia dar tempo de ligar para os bombeiros, então o pai dela desceu com ela para o carro. Saímos em alta velocidade pelas ruas da Tijuca, buzinando até chegar ao Quinta D’or, onde ela foi rapidamente socorrida — detalhou o tio, Anderson Ramos.

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