Delegado vira réu por ter apontado arma e agredido motoboy em Copacabana

Delegado vira réu por lesão corporal, constrangimento ilegal e abuso de autoridade Foto: TV Globo / REprodução

 

A juíza Alessandra de Araujo Bilac Moreira Pinto, da 40a Vara Criminal, aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra o delegado da Polícia Civil Luiz Augusto Mattos Braga pelos crimes de lesão corporal, constrangimento ilegal e abuso de autoridade. Em novembro do ano passado, ele foi flagrado por câmeras de segurança apontando uma arma de fogo contra um motoboy de um restaurante em Copacabana, na Zona Sul do Rio. A magistrada proibiu que o policial frequente o estabelecimento e mantenha contato com as testemunhas do caso.

De acordo com a decisão,   a juíza afirmou que, com as medidas cautelares impostas, as testemunhas “hão de ter a tranquilidade assegurada para comparecerem em juízo e esclarecerem o que ocorreu”. Na época dos crimes, o delegado foi afastado do cargo de assistente na 44ª DP (Inhaúma) e atualmente responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

Segundo a denúncia, Luiz Augusto desejava estacionar o carro em uma vaga na Rua Santa Clara que estava ocupada por motos de serviço de aplicativo de delivery. O delegado teria então desembarcado, puxado seu distintivo, exibido sua arma e determinado que as vítimas retirassem as motos dali ou elas seriam rebocadas.

 

Ainda segundo a denúncia, naquele momento, um dos motoboys saía com uma encomenda quando foi abordado por Luiz Augusto, que lhe ameaçou de morte. Ele teria também lhe agredido e tentado introduzir a força o cano de sua arma dentro da boca do rapaz. O caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana), depois encaminhado para a Corregedoria Geral da Polícia Civil, que decidiu pelo indiciamento do delegado e remeteu o inquérito ao MP. 

Em nota, a Polícia Civil informou que foi instaurado, pela Corregedoria da instituição, um inquérito para investigar o caso. O procedimento foi encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia, que foi recebida pelo juiz. Procurado, o delegado Luiz Augusto não foi localizado.

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