Criminosos de São Paulo são presos por furtar apartamentos na Zona Sul do Rio

Policiais da 14ª DP (Leblon) prenderam três homens e apreenderam um adolescente envolvidos em furtos de apartamentos em bairros da Zona Sul do Rio. Os criminosos foram surpreendidos retornando para São Paulo, onde residem, quando passavam pela Rodovia Presidente Dutra, na altura de Itatiaia. Eles estavam com chave de fenda e alicate de pressão, ferramentas usadas para arrombar as portas das residências, das quais eram levadas joias, relógios e dinheiro.

De acordo com a delegada Natacha Alves de Oliveira, titular da 14ª DP, o trio conseguia acesso aos prédios se passando por visitantes e aproveitando distrações de porteiros. Em um dos edifícios, na Avenida Vieira Souto, na orla de Ipanema, o rapaz de 15 anos entrou acompanhado por um morador, na tarde do último dia 4.

Imagens das câmeras de segurança obtidas por O GLOBO mostram que ele mexe no celular a todo o tempo. Minutos depois, ele desce até a portaria para buscar Willian de Souza Araújo e, juntos, os dois tentam furtar um apartamento, no terceiro andar, mas não conseguem, provavelmente pelo fato de a porta ser blindada. Já no sétimo pavimento, eles entram em uma das unidades, reviram o imóvel e furtam joias do proprietário. Ao sair, 20 minutos mais tarde, eles caminham tranquilamente levando uma sacola plástica.

Segundo as investigações, Rodrigo Gomes dos Santos e Lucas Gabriel Oliveira Nogueira esperavam pelos comparsas no carro, um Honda Civic, na orla do Leblon. Na tarde de sábado, ao serem presos em flagrante pelos agentes, os bandidos confessaram os crimes e contaram terem tentado novamente furtar um imóvel naquela data, sem sucesso.

A delegada explicou que a atuação do grupo se estende a outros estados do país e tende a ser facilitada pela falta de treinamento de funcionários dos condomínios, que não interpelam os bandidos ao passar pela portaria.

— Embora os crimes de furtos sejam cometidos sem violência ou grave ameaça, ao se darem no interior de residências, com a possibilidade de um eventual retorno das famílias aos imóveis, as ações podem se agravar, expondo as vítimas a risco de vida — explicou.

Eles vão responder por furto qualificado, organização criminosa e corrupção de menores. Todos possuem anotações por crimes patrimoniais.

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