Covid-19: professores da rede municipal do Rio dizem que número de afastamentos cresceu após avanço da variante Delta

     

Com o avanço da variante Delta do coronavírus na cidade do Rio, professores da rede municipal de ensino afirmam que cresceu o número de afastamentos de profissionais por Covid-19 desde o dia 2, com o retorno das aulas após as férias de julho. O dado é baseado em denúncias registradas pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), que está em campanha pelo fechamento das unidades para a modalidade presencial neste momento crítico da pandemia. A Secretaria Municipal de Educação (SME) disse que o levantamento dos números ainda está em andamento, mas rebateu acusações da categoria sobre descumprimento de protocolos de distanciamento nas escolas. Segundo a pasta, as alegações não têm embasamento científico, ao contrário das determinações sanitárias de especialistas e pesquisadores que são implementadas na rede.

O Sepe-RJ diz, em relatório divulgado na última sexta-feira, que há 49 escolas abertas mesmo com casos ou suspeita de Covid-19. O número de unidades fechadas devido à doença, segundo o sindicato, passou de 16 para 26 entre terça e sexta passadas. A SME afirmou que, mesmo onde houve suspensão temporária das aulas, o ensino remoto continuou para não prejudicar os alunos.

De acordo com o coordenador geral do Sepe-RJ Alex Trentino, os professores reivindicam o fechamento das escolas para o ensino presencial porque os alunos pertencem a faixas etárias ainda não vacinadas. Apesar de a maior parte da categoria já estar imunizada, há o temor de contágio pela variante Delta, já que a vacina não impede a contaminação, explica ele.

A SME afirmou que “as escolas da Rede Municipal de Educação são foco de estudos, de difusão de conhecimento e saber, de convivência saudável e propositiva – não de doença”. E acrescentou: “em levantamento recente, 82% dos pais e responsáveis se manifestaram positivamente pelo funcionamento das escolas com aulas presenciais”.

Escolas abertas na bandeira vermelha preocupa no Estado

Ao governo do estado, os professores pedem o fechamento das escolas para aulas presenciais, sem prejuízo ao ensino remoto, em situações de bandeira vermelha. No último dia 13, uma resolução conjunta das secretarias de Educação (Seeduc) e Saúde permitiu a abertura com 40% da capacidade, mesmo nessa classificação de risco para Covid-19. A Seeduc afirmou que decisões sobre fechamentos são das autoridades sanitárias e que trabalha em antigas demandas, como a reavaliação de janelas lacradas para climatização em algumas escolas.

Já tomaram a primeira dose da vacina 95% dos profissionais da Seeduc, e 45% estão com ciclo vacinal completo. Segundo a pasta, todos os professores lotados nos 77 municípios com permissão para desenvolvimento de atividades presenciais estão atuando no regime híbrido, exceto aqueles com afastamentos oficiais (como licenças) e aqueles com sintomas de Covid-19.

A secretaria esclareceu ainda que, no momento, há seis escolas fechadas devido a registros de infecção por coronavírus. Três ficam em Angra dos Reis e três no Rio de Janeiro. As atividades pedagógicas remotas seguem normalmente.

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