Placar vai registrar quantidade de lixo reciclável recolhido durante os Jogos Olímpicos

Duzentos e quarenta catadores de material reciclável estão participando do processo de coleta seletiva nas arenas esportivas

Duzentos e quarenta catadores de material reciclável estão participando do processo de coleta seletiva nas arenas esportivas

A população já pode acompanhar, em tempo real, a quantidade de lixo reciclável que está sendo recolhido pelos catadores nas arenas onde acontecem as provas olímpicas. Está no ar o Placar da Reciclagem, disponível no site da Secretaria de Estado do Ambiente (www.rj.gov.br/web/sea). A ferramenta contabiliza o material reciclável coletado durante os jogos, informa o tipo de material encontrado bem como o volume de recursos naturais poupado com a destinação ambientalmente adequada desse material.
Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, 240 catadores de material reciclável estão participando do processo de coleta seletiva nas arenas esportivas. A iniciativa faz parte do Programa de Reciclagem nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, cujo objetivo é promover a mobilização dos participantes do maior evento esportivo mundial e da população na destinação correta dos resíduos para reciclagem, além de gerar renda para os profissionais de reciclagem.
O inédito “Projeto de Reciclagem Inclusiva: Catadores nos Jogos Rio 2016” foi lançado no dia 29 de julho pelas Secretarias de Estado do Ambiente, Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego e a Autoridade Pública Olímpica (APO).
Com a experiência adquirida no maior evento esportivo do mundo, os catadores estarão aptos a atuar em qualquer evento de grande porte, um verdadeiro legado de inclusão participativa na cadeia de reciclagem. No total, 240 catadores de 33 cooperativas e três redes atuam nas arenas, realizando o trabalho de reciclagem e educação ambiental, através de brincadeiras lúdicas.
“Fortalecer e abrir mercado para Cooperativa de catadores é nosso principal objetivo com esse projeto. Quem faz isso numa Olimpíada está qualificado para fazer em todos grandes eventos no Estado”, disse o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa.
O projeto de Reciclagem Inclusiva é operacionalizado pelo projeto Catadores em Rede Solidária (CRS), da secretaria do Ambiente. A ação conta com apoio da Coca-Cola, parceira Master da Rio 2016, que viabilizou a confecção dos uniformes usados pelos catadores e outros materiais de apoio e divulgação.
“O mais importante desse projeto é o legado de reciclagem que vai ser deixado para os nossos catadores. Esse legado vai servir de exemplo para as próximas olimpíadas. Na realidade é a primeira vez na história das olimpíadas que os catadores vão receber um valor pelo serviço prestado, uma diária mínima de R$ 80, e depois todo o material reciclado coletado, estimado em mais de três toneladas, será vendido e o valor revertido para eles. Nós esperamos que isso se torne um modelo a ser aplicado em outras prefeituras, entes governamentais e em outras partes do país”, ressaltou o coordenador do programa Ambiente Solidário, da SEA, Ricardo Alves.
O coordenador do Programa Ambiente Solidário explicou que os catadores do programa CRS receberam treinamento e a maioria já tem grande experiência na realização de coleta seletiva em grandes eventos, pois a maioria já trabalhou na Copa do Mundo de 2014. Os profissionais vão atuar em três frentes de trabalho: em Deodoro, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca e no Maracanã, durante o período dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, nos meses de agosto e setembro.
A presidente do Movimento Nacional dos Catadores, Claudete Costa, agradeceu o envolvimento e mobilização de todas as autoridades governamentais e empresas parceiras, o que possibilitou a inclusão dos catadores nos Jogos Rio 2016:
“Gostaria de agradecer o empenho da Secretaria de Estado e demais envolvidos, porque, se não estivéssemos conosco, esse evento não estaria acontecendo e não estaríamos prestando esse serviço. Então meu carinho e respeito pela valorização da categoria do profissional de reciclagem. Esse não é só mais um evento que a gente vai estar prestando serviço, é um evento que traz mais um respeito para nossa categoria, uma luta de anos e anos”, disse entusiasmada.
Após a realização dos Jogos Olímpicos, esses catadores também receberão apoio do Programa Ambiente Solidário, da SEA, que tem como objetivo a defesa ambiental, a geração de trabalho e renda, e a promoção de parcerias entre os agentes públicos, o terceiro setor, empresas e outros órgãos – uma política de fortalecimento do Plano Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos, em especial a logística reversa.

Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegeta

Durante os jogos, a Secretaria de Estado do Ambiente, através do Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal (Prove) também disponibilizou ecopontos nas instalações olímpicas para receber óleo de cozinha usado. O produto será reaproveitado como insumo para produção de biodiesel e fabricação de sabão pastoso.
O Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais do Estado do Rio de Janeiro (Prove) foi criado pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA/RJ), com o objetivo de evitar o despejo de óleo de cozinha usado em corpos hídricos, ao estimular sua coleta e a reutilização na produção de sabão e de fontes alternativas de energia, como o biodiesel.
Atualmente a maior parte do óleo vegetal é despejada em ralos, comprometendo as tubulações dos edifícios e das redes de tratamento de esgoto. Nas regiões onde não há rede coletora, o óleo vai diretamente para os rios e lagoas, aumentando significativamente a poluição e a degradação ambiental.
O Prove também incentiva a criação de emprego e a geração de renda ao fomentar a criação de cooperativas de coleta seletiva.
Informações sobre a retirada de óleo de estabelecimentos comerciais ou condomínios  pelos telefones (21) 2334-5902 e (21)2334-5354, de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 18h. E-mail: ambientesolidario.prove@gmail.com.

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