Salvem as meninas brasileiras

No território brasileiro ainda parece estar distante a igualdade entre os gêneros. Isso é o que mostra o relatório da ONG Save the children, que classificou o Brasil com um dos piores países do mundo para meninas. O estudo mede as oportunidades referentes à saúde, desenvolvimento, relacionamentos e educação.
Divulgado este mês, (pasmem) o estudo revela que em todo o continente Americano, o Brasil aparece na 102ª posição das 144 nações pesquisadas, ficando atrás de todos seus vizinhos da América do Sul e de países em desenvolvimento, como Índia, Costa Rica, Timor Leste, Colômbia e Gana.
O documento leva em consideração para o ranking alguns fatores em especial – taxas de casamentos infantis, gravidez na adolescência, mortalidade materna, representatividade feminina no parlamento e índice de conclusão do Ensino Médio pelas garotas. O estudo também aborda outras questões que influenciam a qualidade de vida das meninas pelo mundo, como acesso a serviços de saúde e educação sexual, violência de gênero, suscetibilidade a conflitos e desastres, além da exclusão econômica.
O Brasil apresenta números elevados em todos os problemas, com ênfase na baixa representatividade feminina na política, casamento infantil e baixo índice do estudo secundário. Tais indicadores são barreiras para o desenvolvimento socioeconômico, o bem-estar e a independência econômica das mulheres.
Alguns países pobres têm desempenho consideravelmente positivo em algumas questões, como a voz feminina na política. Ruanda é o país do mundo com maior representatividade  feminina no parlamento, com 64% de congressistas mulheres. Este fator coloca o país na 49ª posição no ranking, mais de 50 pontos à frente do Brasil, que tem apenas 10% de deputadas federais e 15% de senadoras.
O que fazer
O relatório da ONG Save the children, aponta medidas eficazes para diminuir a desigualdade de gênero e garantir mais oportunidades às meninas de cada país. Além de diminuir os problemas centrais, como a taxa de mortalidade na gravidez, o casamento e gravidez na infância e adolescência, o estudo indica ações como ampliar o acesso à educação e saúde, dar mais voz e espaço para mulheres na política e na participação de ações civis, diminuir a disparidade salarial entre homens e mulheres e acabar com políticas, leis e normas sexistas.

Por Ana Paula Moresche          

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