#podeparar pede fim da violência contra mulher

161122-questao-de-generoA campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher” iniciou no último domingo (20) nas redes sociais. A finalidade, de acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, é chamar a atenção da sociedade e mobilizar as pessoas, mostrando que pequenas ações do cotidiano podem levar as grandes violências.
Com o tema “Machismo. Já passou da hora. #podeparar”, os 16 dias da iniciativa tem como foco o combate à violência sexual. Vários municípios brasileiros estão com as ações em andamento, mas a campanha em nível nacional será lançada oficialmente em Brasília na sexta-feira (25), Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres.
A campanha ocorre há 25 anos e atualmente mobiliza 130 países que desenvolvem a ação conclamando a sociedade e seus governos a tomarem atitude frente à violação dos direitos humanos das mulheres. A proposta teve origem em 1991, quando 23 mulheres de diferentes países reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), lançaram a Campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.
As participantes escolheram um período de significativas datas históricas, marcos de luta das mulheres, indicando a abertura da Campanha no dia 25 de novembro – declarado pelo I Encontro Feminista da América Latina e Caribe (em 1981) como o Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres – e finalizando no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Desse modo, a campanha vincula a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. O Brasil antecipou o início desta Campanha para o dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra – pelo reconhecimento histórico da opressão e discriminação contra a população negra e, especialmente, as mulheres negras brasileiras que têm suas vidas marcadas pela opressão de gênero, raça e classe social. O país é o quinto país do mundo em número de assassinatos de mulheres, segundo o Mapa da Violência de 2015.
“Quantos preconceitos uma mulher precisa superar ao longo da vida?”. Essa é a pergunta da atriz Camila Pitanga, a Embaixadora da ONU Mulheres no Brasil, em um dos vídeos da nova campanha do movimento ElesPorElas HeForShe, lançado na segunda-feira (21). Com um tom incisivo e desafiador, a campanha, criada pela agência Heads Propaganda em parceria com a ONU Mulheres, conta com personalidades brasileiras compartilhando depoimentos pessoais sobre machismo, racismo, transfobia, e diferentes formas de violência, preconceitos e privilégios.
“Nessa campanha, quisemos ir além de informar sobre a importância de viver livre de preconceitos, de conquistar a igualdade de gênero e garantir os direitos das mulheres e meninas”, disse a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman. “Cada personagem dessa campanha dá depoimentos reais e sinceros sobre o que vivem (e vivemos) e por que é importante fazer parte desse movimento para mudar a nossa realidade de machismo, racismo, sexismo e homofobia.”

por Ana Paula Moresche

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