Parada LGBT reúne mais de 600 mil pessoas no Rio

“Eu sou Minha Identidade de Gênero”, este foi o tema da 21ª Parada do Orgulho LGBT Rio no último domingo (11), que reuniu milhares de pessoas na Praia de Copacabana, Orla do Rio de Janeiro. O movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e afins  luta  pela aprovação do Projeto de Lei de Identidade de Gênero ( Projeto de Lei  5002/13 – conhecida como Lei João Nery), que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos de saúde a custear tratamentos hormonais e cirurgias de mudança de sexo a todos os interessados maiores de 18 anos.
Para o presidente do Grupo Arco-Íris, Almir França, mesmo após 21 anos do protesto LGBT na capital carioca, “a maioridade penal portanto”, muito pouco se avançou do ponto de vista dos direitos humanos. “Mesmo com este processo todo de luta, a gente está percebendo agora que a discussão deve se dá não mais apenas no campo legal, mas sim no campo do conteúdo, do reconhecimento de quem são esses sujeitos”, afirmou.
Segundo França, é necessário superar a “identidade baseada no modelo do ser homem e do ser mulher”.  “Ao pensar na transfobia, que talvez consiga mapear e diagnosticar um processo muito maior [de sofrimento] do que somente a homofobia. Nem tudo se resume à questão do gênero que se está estampado na carteira de identidade”, declarou.
O evento iniciou em tom de protesto contra as 300 mortes por crimes de homofobia no Brasil este ano. À frente dos seis trios elétricos, voluntários vestiam preto e carregavam um caixão coberto com a bandeira do arco-íris que representava as vítimas. A funkeira Ludmilla subiu ao carro principal, provocando alvoroço entre as milhares de pessoas no asfalto abrindo as apresentações.
Os organizadores do evento estimaram um público de 600 mil pessoas. O movimento surgiu com o propósito de se lutar por direitos iguais, a intolerância, o preconceito e o ódio, dando desta forma voz àqueles que durante anos viveram à margem da sociedade.

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