A confiança em si mesmo

*Carlos B. González Pecotche

Tem-se visto, por exemplo, a muitos decidir-se empreender uma obra, grande ou pequena, e mais tarde abandoná-las pela metade para empreender outra ou outras que também são interrompidas sem que, para isso, exista uma explicação que justifique essas mudanças de suas próprias decisões.
Pois bem, isso obedece, na maioria dos casos, à insegurança dos pensamentos que se abrigam na mente; e, se há tal insegurança, é logicamente porque não é o fruto da própria concepção. Exercem ali um papel preponderante pensamentos de toda índole, muitos deles alheios, às vezes, aos motivos de preocupação em que o ser se acha absorvido. Ao contrário, quando se empreende uma obra e esta é levada a bom termo é porque com antecedência foram bem amadurecidas as reflexões, e a inteligência proporcionou ao projeto a esmerada elaboração do plano a realizar. Em tais circunstâncias, o ser pode ter confiança e segurança em suas próprias diretrizes, e dificilmente abandonará o trabalho começado, pois, antes de iniciá-lo, deverá ter tomado todas as medidas que asseguram o êxito no empreendimento.
Muitas vezes, um simples desejo mental promovido por outro pensamento impulsiona o homem a realizar coisas que, por não terem sido devidamente pensadas, fracassam logo após o seu início.
O pensamento executor de uma obra deve ser necessariamente consolidado na consciência, pois é a ela a que haverá de acudir o ser cada vez que se sinta debilitado (…)
Frente ao dito, há de se admitir que os mais capazes sejam os que triunfam levando a feliz termo seus projetos. A capacidade compreensiva é, pois, imprescindível em todos os atos do pensamento, e é a ela a quem deve apelar sempre à vontade para não debilitar-se em plena ação.
Destaque: Querer é poder quando o que se quer se sente profundamente.

*Autor da Logosofia – Carlos B. González Pecotche. Centro de Difusão e informação de Nova Iguaçu – CDIL NI

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