Esgoto jorra na Rua Valcir de Almeida

O morador José Luiz, 54 anos, tenta desobstruir o esgoto da rua, mas revela que o trabalho é em vão e pede uma solução à prefeitura
Fotos: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Apesar de estar a menos de dois quilômetros do centro de Nova Iguaçu, o bairro Jaqueline se encontra abandonado pela prefeitura da cidade. A existência de grandes empreendimentos comerciais e imobiliários na área, onde está situada a Universidade Iguaçu (Unig), não é suficiente para sensibilizar o governo do prefeito Rogerio Lisboa.
Na Rua Jornalista Valcir de Almeida, por exemplo, está um dos trechos de abandono da localidade. Um esgoto a céu aberto jorra detritos há vários meses, a iluminação pública é precária e muitos postes estão com luminárias queimadas. Moradores contam que várias reclamações já foram feitas, mas até agora não houve providências.
O bairro Jaqueline, uma região com mais de 50 mil habitantes, situado entre o bairro da Luz e a Unig, às margens da Avenida Abílio Augusto Távora (antiga Estrada de Madureira), é a localidade de maior investimento privado do município, onde se proliferam as casas noturnas de maior badalação, além de hotéis, imóveis e condomínios de luxo que não deixam a desejar aos luxuosos imóveis situados na Barra da Tijuca.
Pois é nesse universo, o qual representa uma grande fatia da economia de Nova Iguaçu, que se encontra a Rua Jornalista Valcir de Almeida – fundador do Jornal de Hoje, o primeiro veículo da Baixada Fluminense a profissionalizar o jornalismo na região. A rua da sede JH leva o nome de Valcir em homenagem a esse e outros trabalhos que ele realizou em prol da cidade de Nova Iguaçu.

Moradores pedem providências

Alba Gomes diz que já solicitou reparos na rua, mas não foi atendida

Atualmente, a fedentina, a buraqueira, a lama, o lodo e os detritos que jorram a céu aberto, tornam a Rua Valcir de Almeida (antiga Rua Kennedy) em um “patinho feio” do bairro Jaqueline. As reclamações são feitas constantemente, a prefeitura de Nova Iguaçu não tomou nenhuma providência. Alba Gomes, 64 anos, disse que telefonou várias vezes para a prefeitura reclamando da escuridão e do vazamento de esgoto. “Mas nada foi feito”, lamenta. “A prefeitura precisa trocar as manilhas, pois o sistema de esgoto da rua já existe há mais de 25 anos e não suporta mais o fluxo, pois o número de casas aumentou”, sugere José Reis, Guimarães, 78. “O pessoal da prefeitura, quando aparece, só faz maquiagem na rua. Ou seja, desentope os ralos em vai embora. Uma semana depois está tudo entupido novamente. O mesmo acontece com os vazamentos: eles fecham e com uma semana está vazando de novo”, reclama José Luiz, 54 anos.

por Davi de Castro – davi.castro@joprnalhoje.inf.br

error: Conteúdo protegido !!