Alerj, por Ronaldo Ferraz e Pereirinha – 16/06

Babá não é Diógenes

A coluna recebeu e-mail do vereador Babá, no último dia 12, comentando informações publicadas nesta coluna, que reproduzimos na íntegra:

Prezados Ronaldo e Pereirinha,

Primeiro agradecer pela lembrança de vocês na Coluna Alerj e Política Fluminense do dia 09 de junho de 2018 sob o título “Baba, baby, Babá”. Primeiro gostaria de afirmar que não ando “sempre sozinho, cabisbaixo e aparentemente desorientado, tal qual Diógenes”, tal como vocês afirmam na Coluna. Primeiro gostaria que vocês soubessem que em 2003 quando Lula iniciava seu governo e quando ele, no alto de seu prestígio, foi buscar Henrique Meireles do Bank Boston para dirigir o Banco Central, para comandar a economia de nosso país a serviço do sistema financeiro nacional e internacional e quando colocou o corrupto José Sarney para a presidência do senado.
E também quando ele acompanhado de 27 governadores desceu a rampa do Palácio do Planalto para subir a rampa do Congresso Nacional para levar o Projeto de Reforma da Previdência, que tanto ele como todo o Partido dos Trabalhadores combatemos durante anos dos governos de Collor de Mello, Itamar de FHC. Que tantos males causa desde o início de seu governo e ainda hoje aos sofridos aposentados que imagino que vocês também são vítimas.
Pois bem Ronaldo e Pereirinha, quatro parlamentares (a Senadora Heloísa, e três deputados federais, Babá, Luciana Genro e João Fontes) decidimos enfrentar o todo poderoso Lula, no auge de seu prestígio, e também enfrentamos praticamente toda a bancada de deputados e senadores do PT. E decidimos enfrentá-los pois não iríamos vender nossa alma ao diabo e o respeito que adquirimos da classe trabalhadora e da juventude de nossos estados. Eu por exemplo fui reeleito em 2002 no Pará com 57.136 votos. Fui oito anos deputado estadual e oito anos deputado federal e não aceitei duas vergonhosas aposentadorias por ter cumprido 8.anos de mandatos.
Pois bem Ronaldo e Pereirinha, a Heloísa Helena votou contra o nome de Henrique Meireles pro Banco Central e do corrupto Sarney para presidência do Senado. Nós quatro votamos contra a Reforma da Previdência e por esses “crimes” fomos colocados na Comissão de “”Ética” do PT onde nossos acusadores foram simplesmente, dois mensaleiros do PT, o Secretário do PT Silvio Land Rover Pereira e outro mensaleiro Delúbio Soares que era o Tesoureiro do PT à época. E nós não cedemos em nossos princípios e por isso fomos expulsos do PT em 14 de dezembro de 2003. No início de 2004 mudei meu domicílio eleitoral para o Rio de Janeiro para contribuir com a Fundação do Partido Socialismo e Liberdade, o PSOL.
Em 2006 concorri a reeleição pelo Rio de Janeiro sabendo que não seria reeleito. Em virtude disto me reapresentei à Universidade Federal do Pará e fui liberado para fazer um novo mestrado uma vez que em 1978, 1979 e 1980 fiz mestrado em Engenharia Mecânica no ITA em São José dos Campos (SP) na área de energia solar. Mas em virtude de meu envolvimento na fundação do PT em 1980 e em todas as lutas de docentes na UFPA, na fundação do PT em 80 e na fundação da CUT em 83 e em todas as lutas dos movimentos sociais não foi possível concluir meu mestrado. Por esse motivo após a eleição de 2006 fui fazer um novo mestrado na UFRJ na área de Ciências Urbanas e Sociais no IPPUR e decidi não sair candidato em 2010 para concluir meu Mestrado e posteriormente fui transferido para a UFRJ onde faço parte da Coordenação da Universidade da Cidadania onde os professores da UFRJ ministrem Cursos para os movimentos Sociais.
Como aconteceu a tragédia bárbara e covarde que ceifou a vida da companheira Marielle, me licenciei da UFRJ para assumir a vaga na Câmara dos Vereadores já que era o primeiro suplente de Marielle.
Portanto Ronaldo e Pereirinha, jamais andarei cabisbaixo e aparentemente desorientado, tal qual Diógenes. Pelo contrário ando sempre de cabeça erguida porque não trai a classe trabalhadora como fizerem os parlamentares do PT e de Lula que se aliaram a corruptos como Sarney, Sérgio Cabral, Collor de Mello, Renan Calheiros ou Jader Barbalho. Quem deve estar muito cabisbaixo hoje é Lula, Zé Dirceu e Delúbio Soares que nos expulsaram do PT em 2003. Sou muito feliz vendo meu filho de 17 anos que cursa o 3º Grau no Pedro Segundo, minha filha de 33 anos que se formou em jornalismo na Universidade Pública e a linda negra que é minha esposa e ao mesmo tempo ser saudado nas ruas do Rio de Janeiro pela minha trajetória como parlamentar por não ter me corrompido e nem vendido minha alma ao diabo.

Um grande abraço

Babá

Plano de Gastos

A crise financeira e fiscal, enfrentada pela administração estadual fluminense, levou o governador Luiz Fernando de Souza Pezão a adotar mecanismo sofisticado de controle de gastos, de acordo com o comportamento da receita e o fluxo da estimativa das despesas, incluindo em ambos os casos os recursos do Tesouro Estadual e de operações de crédito.
Os dados, relativos a alguns órgãos e secretarias selecionadas pela coluna, são relativos ao primeiro semestre, que ainda está em andamento, e foram publicados no D.O. deste mês, nos quais constam do decreto nº 46.328/2018, com três anexos registrando os valores autorizados para uso no “Programa de Desembolso” financeiro.
No primeiro trimestre, constam os recursos do Tesouro, de R$ 747,063 milhões; e operações de crédito, R$ 40, 176 milhões. No segundo trimestre, constam R$540, 597 de outras fontes financeiras e R$ 50, 853 milhões de operações de crédito e nada em relação ao Tesouro Estadual, totalizando R$ 1, 378 bilhão.
Quem mais recebeu recursos do Tesouro Estadual foram: Fundo Estadual de Saúde, R$ 325, 939 milhões; Fundo Estadual de Transportes, R$ 84 milhões; Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, R$ 51, 692 milhões; Polícia Militar, R$ 50, 703 milhões; UERJ, R$ 38, 083 milhões; e FAETEC, R$ 20, 886 milhões.

Reciclagem

A deputada Lucinha é autora de projeto de lei, aprovado pela Assembleia Legislativa, dispondo que as empresas que trabalham com a coleta, destinação e tratamento de lixo disponibilizem 5% de sua receita para incentivo às atividades de reciclagem.
E o deputado Jorge Moreira Theodoro, o Dica, pretende que as empresas que trabalham com reciclagem tenham outros tipos de incentivos fiscais, diretamente concedidos pelos governos do estado e municipais.

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