O secretário de Meio Ambiente Giovanni Guidoni e o superintendente Luney Martins observam o estrago
Foto: Alziro Xavier
Em tempos de aquecimento global e sucessivos recordes de média de temperatura anual, a conscientização da importância da preservação a natureza é fundamental para amenizar os dados já causados pelo homem. No entanto, tal consciência ainda falta a muitos ‘cidadãos’. Dezesseis árvores de grande porte foram cortadas de forma criminosa em Nova Iguaçu, na madrugada de sexta-feira.
As árvores, que eram da espécie Ipê Roxo, ficavam na Avenida Getúlio de Moura, no Centro de Nova Iguaçu, em frente à Praça Santos Dumont. Segundo testemunhas, o crime foi praticado por um homem com um facão. “Era bem tarde da noite quando vi um homem cortando os troncos com um facão. Ele estava sozinho”, conta o motorista de ônibus que não quis se identificar.
Segundo o superintendente de Áreas Verdes, Luney Martins de Almeida, é a segunda vez que o mesmo local sofre esse vandalismo. “Em maio de 2015, foram 23 árvores, replantamos e agora foram novamente mais dezesseis. Árvore é um bem público e o autor dessa crueldade certamente será punido”, declara Luney.
O meio ambiente é um bem essencial à vida humana. Todo e qualquer prejuízo causado aos elementos que o compõem é considerado crime ambiental. A penalidade é prevista na legislação com multa em torno de 150 mil reais por árvore, com risco de prisão.
“Essas árvores não se encontram facilmente, nós só conseguimos por encomenda. Por isso faremos o replantio logo após o feriado do carnaval”, explica o secretário de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente de Nova Iguaçu, Giovanni Guidone, que ainda acrescenta: “Não vamos desistir. Queremos transformar Nova Iguaçu na cidade com mais arborização urbana da Baixada Fluminense”, conta.
A Prefeitura registrou o caso que já está sendo investigado pela Polícia. As imagens de segurança dos estabelecimentos próximos ao local já estão sendo levadas à 52ª DP (Nova Iguaçu) e posteriormente, o caso será levado para Delegacia Especializada em Meio Ambiente (DEMA) para identificar o responsável pela infração. O valor monetário da perda é de R$ 550 cada árvore, totalizando R$ 8.800 na soma das 16.
