Depois das semanas iniciais com ênfase nas avaliações e treinos físicos, sem esquecer do trabalho com bola, a comissão técnica do Nova Iguaçu começou a priorizar os treinos técnicos e táticos, a cerca de 40 dias da estreia na Série B do Campeonato Carioca. E para otimizar esse processo, o técnico Edson Souza conta com a importante ajuda do auxiliar Robson Gabriel.
Na maioria dos trabalhos táticos, principalmente naqueles de campo reduzido, quando o grupo é dividido, Edson e Robson repartem as tarefas e ficam responsáveis por determinados setores. Apesar de entrosados, é a primeira vez que os dois trabalham juntos. Se Edson está em sua terceira passagem no clube, Robson Gabriel está “estreando” no Nova Iguaçu.
“Conheço o Edson há muito tempo, jogamos contra muitas vezes. Já vínhamos tentando essa parceria há algum tempo. Está sendo um prazer, estou tendo um aprendizado muito grande. Antes de todo treinamento nós conversamos e dividimos as tarefas. O trabalho é comandado por ele, mas nós chegamos lá dentro e aplicamos. Como já fui treinador, tenho facilidade para ajudá-lo nisso”, afirmou Robson.
Ex-jogador, Robson Gabriel foi técnico do Madureira e da equipe sub-23 do Al-Nassr, da Arábia Saudita, entre outros clubes. Com postura serena, ele acaba sendo uma extensão em campo do técnico Edson Souza. No treino da última quarta-feira, por exemplo, ele ficou responsável pelo grupo que treinava de um lado, enquanto Edson ficava mais perto de outra parte do elenco.
“Naquele dia ele deu ênfase ao trabalho de balanço, a parte da linha de quatro no meio foi trabalhada por mim, e o Edson pegou mais os zagueiros e os atacantes. Antes do treino, discutimos qual setor pegar e qual vai ser o objetivo do trabalho. Acho que as coisas estão fluindo bem e esperamos no decorrer dos trabalhos poder estar ainda mais afinados”, contou Robson.
Colecionador de diversos títulos pelo Nova Iguaçu e técnico na melhor campanha do clube na história da Série A do Estadual, em 2014, Edson Souza elogiou muito o trabalho de Robson Gabriel e aposta no sucesso dele até mesmo como treinador do clube num futuro próximo. “Sempre tive vontade de trabalhar com o Robson. Hoje no futebol você precisa ter do seu lado alguém competente, que venha com vontade de aprender, de vencer, de se reciclar. O Robson tem a cabeça aberta para esse lado. Tenho convivência aqui no Nova Iguaçu de uns cinco anos, já conhecemos o clube e o Robson pode ter certeza de que amanhã pode ser uma pessoa que vai ter uma oportunidade aqui. A gente se assemelha bastante”, disse Edson.
O Nova Iguaçu encerra sua terceira semana de treinamentos com um trabalho técnico-tático neste sábado, às 9h, no Centro de Treinamento do clube. A estreia na Série B do Campeonato Carioca está marcada para o dia 5 de março, contra o Goytacaz, no Estádio Laranjão.
Petrobras rescinde patrocínio
após escândalos na CBF
A Petrobras rompeu o contrato de patrocínio para a Copa do Brasil que tinha assinado com a empresa Klefer Produções e Promoções, parceira da CBF, e investigada pelo FBI. O motivo foi a falta de credibilidade do futebol brasileiro após escândalos que envolveram a entidade, segundo o blog apurou. Questionada, a estatal diz apenas que se trata de um esforço para reduzir os investimentos em patrocínio, e se concentrar em outros esportes.
Em parceria com a Traffic, a Klefer detém os direitos das placas de publicidade da Copa do Brasil a partir de 2015. Foi o ex-presidente Ricardo Teixeira, em 2011, quem vendeu os direitos à empresa que pertence ao seu amigo Kléber Leite. Investigação do FBI apontou que Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero receberam propinas para dar esses direitos da competição à Traffic, e há a suspeita também sobre a transação com a Klefer.
Antes do escândalo, no início de 2015, a Petrobras tinha assinado a renovação do patrocínio da Copa do Brasil. Fechou um contrato de três anos com a Klefer para o pagamento de R$ 18,9 milhões, sendo pouco mais de R$ 6 milhões por ano. Era um novo acordo já que a estatal patrocinava o campeonato desde 2011 por meio de compromisso com a Traffic. Ré confessa do pagamento de propinas, a Traffic é interveniente no novo contrato.
No acordo de 2015 a 2017, ao qual o blog teve acesso pela Lei de Acesso à informação, há a cláusula 12ª que prevê que o acordo pode ser rompido no caso de a Klefer ou um dos sócios cometer “qualquer ato que cause dano à Petrobras e/ou à BR, inclusive no que diz respeito à imagem institucional”. Se não houver justificativa para o rompimento, tem que ser paga rescisão do contrato.
Por meio da lei, a Petrobras disse ao blog: “Informamos ainda que em 28/10/2015 foi assinado um distrato entre as partes, pelo qual o patrocínio foi descontinuado para os anos restantes, ou seja, 2016 e 2017?. Internamente, a justificativa da estatal para o rompimento foi a perda de credibilidade do futebol brasileiro após os escândalos de corrupção com a prisão de ex-presidentes da CBF.
Com a rescisão, o dinheiro público deixa de alimentar o suposto esquema de corrupção de contratos da Copa do Brasil, revelado pelo FBI. A CBF não quis se pronunciar sobre a posição da Petrobras. Executivos da Klefer foram procurados, mas não retornaram ligações.
Já a Petrobras atribuiu a rescisão a cortes nos patrocínios: “O contrato de patrocínio à Copa do Brasil foi descontinuado a partir de 2016 como parte de um esforço de redução dos custos com patrocínios. A Petrobras salienta ainda, no que diz respeito a patrocínios esportivos, que procurará focar as suas ações em modalidades olímpicas e esporte motor”. (As informações são do Blog do Rodrigo Mattos/UOL Esporte).
por Jota Carvalho