Ontem, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo persegue o reequilíbrio das contas públicas, fator segundo ela “fundamental” para que o país recupere a economia. As declarações foram feitas durante inauguração da Unidade de Produção de Etanol 2G – Piracicaba (SP). “Hoje nós perseguimos o reequilíbrio das contas públicas, que é uma parte essencial para que a economia se recupere. Nós já tomamos um conjunto de medidas, e algumas já estão dando resultado, como é o caso do realinhamento dos preços […] e tem dado resultado também o fato de que tem havido aumento das exportações”, disse Dilma.
Dilma destacou ainda que o governo continuará adotando medidas “microeconômicas” para garantir “ambiente de negócios mais amigável” para os investidores. “Sem dúvida, nós estamos em um ano de travessia, mas, também, estamos em um ano de possibilidades. Estamos atualizando as bases da nossa economia e nós iremos voltar a crescer dentro do nosso potencial. Nosso objetivo é consolidar a expansão da classe média no Brasil porque queremos que o Brasil seja um país de classe média e, ao mesmo tempo, queremos competitividade em relação aos demais países”, acrescentou.
“Vamos ampliar as concessões, vamos fazer um imenso esforço para manter os principais programas em funcionamento, como é o caso, por exemplo, do Minha Casa Minha Vida”, concluiu.
Servidores do Judiciário prometem “caça” à presidente contra veto
A Assembleia Geral do Sindijus do Distrito Federal se reuniu na tarde de ontem para deliberar pela continuidade e intensificação da greve dos servidores do Judiciário, após o veto integral da Presidência da República ao projeto aprovado no Congresso que reajustava em até 78,56% os salários da categoria. As lideranças do movimento prometem “uma caça à presidente Dilma” para protestarem contra o veto presidencial.
“Nossos batalhões de grevistas vão monitorar todas as agendas da presidente Dilma e vamos fazer protestos aonde quer que ela vá. Também estamos cobrando que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, venha a público se posicionar sobre essa agressão ao poder Judiciário”, afirmou o coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), Adilson Rodrigues Santos.
Segundo ele, mais de 30 sindicatos em todo o País estiveram reunidos ontem para deliberar pela intensificação da paralisação. De acordo com o coordenador-geral, os diretores de praticamente todos esses sindicatos encaminharão pela endurecimento da greve, com uma paralisação maior nas atividades de oficiais de justiça e com a distribuição apenas de processos urgentes que, se ficarem parados, possam acarretar a sua prescrição.
“A autonomia do Judiciário está sendo atacada e os nossos salários estão sem aumento há nove anos. As razões do veto da presidente são uma agressão à nossa inteligência. Não é possível que a presidência justifique que um projeto originado no próprio âmbito do Judiciário seja inconstitucional. O governo nem mesmo negociou uma alternativa, apenas vetou o projeto”, disse o sindicalista.
Além da promessa de “caça” à presidente Dilma e da exigência do posicionamento de Lewandowski, os servidores também prometem pressionar deputados e senadores pela derrubada do veto presidencial.