Impeachment: depois de 15 horas de sessão Dilma Rousseff perdia por 34 a 11

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Presidente do Senado Renan Calheiros (C) debate com colegas da mesa em um dos momentos tensos da reunião Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Presidente do Senado Renan Calheiros (C) debate com colegas da mesa em um dos momentos tensos da reunião
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Após mais de 15 horas da sessão que votou o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), os senadores davam sinais de cansaço e o clima no plenário do Senado era calmo. A sessão começou às 10h de ontem e entrou pela madrugada de hoje.
Ao contrário da algazarra vista na Câmara dos Deputados com gritos de guerra e cartazes, à meia-noite no Senado, os discursos, contra ou a favor do impeachment, não pareciam empolgar a maioria dos senadores em plenário, que não ficou cheio todo o tempo, com quase metade das fileiras vazias em alguns momentos, apesar de 75 senadores terem registrado presença na Casa e 70 pediram para falar na tribuna.
Ao ser aprovado na Câmara, a maior parte do mundo político passou a considerar como certa a abertura do processo pelo Senado, embora houvesse quem acreditasse que a presidente petista pudesse evitar sua condenação na fase de julgamento na Casa do Estado.
>> Flash de alguns momentos – A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) parecia gravar um pronunciamento em vídeo com o próprio celular quando, às 21h51, o senador Reguffe (sem partido-DF) discursava sobre “uma nova forma de fazer política” e pedia pela reforma tributária.
Pouco antes, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) e Paulo Paim (PT-RS) ficaram rapidamente ao telefone, enquanto José Medeiros (PSD-MT) olhava atentamente a tela de seu computador.
O líder do governo, Humberto Costa (PT-PE), estudava detidamente um texto na hora da fala de Hélio José (PMDB-DF), enquanto Fernando Bezerra (PSB-PE), do outro lado do plenário, se engajava em uma conversa pelo celular e Jorge Viana (PT-AC) gravava uma entrevista para o celular de um assessor.

O ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias, não estava para papos Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias, não estava para papos
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Pouco antes, 20h, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teve que pedir silêncio. Não pela esperada disputa política sobre o impeachment, mas porque a visita de deputados à sessão disparou conversas paralelas no plenário. Renan eu broncas em deputados e disse que Senado não era feira de passarinhos.
“O Senado é uma instituição de 190 anos, nós não vamos transformá-lo em uma feira de passarinhos”, afirmou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao passar uma bronca nos colegas da Câmara que falavam em voz alta.
Às 22h15, o senador Armando Monteiro (PTB-PE), com a mesma determinação que o levou a deixar o Ministério do Desenvolvimento para votar contra o impeachment, foi visto acompanhando o terceiro orador em sequência sem perder a atenção. Quando o quarto senador começou a discursar, Monteiro sacou o telefone celular.
Às 22h30, já haviam falado 36 dos 70 senadores inscritos. À 0h30, no fechamento desta edição, a bancada governista dava sinais de desânimo. Um dos mais apreensivos, o ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias (PT), não quis conversa com jornalistas e mostrava um ‘semblante carregado’.

Ex-PT, Cristovam Buarque diz
que esquerda “se acovardou”

Ao defender a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) comparou o momento político ao golpe militar de 1964 e atacou a esquerda. “Voto hoje pela necessidade de fazer renascer as propostas de uma revolução social que foi corrompida e soterrada por uma esquerda que se acomodou e se acovardou”. Cristovam participou do início do governo Lula.

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