O PMDB planeja fazer coro ao pedido da oposição que quer a saída de Dilma Rousseff da Presidência. De acordo com a coluna “Painel” da Folha de S. Paulo, os peemedebistas pretendem romper com o governo até o congresso do partido, agendado para 15 de novembro. A previsão deles é que a crise econômica estará pior, sendo o momento oportuno para apoiar o impeachment ou renúncia da petista.
O primeiro secretário da Executiva Nacional do PMDB e presidente da legenda na Bahia, Geddel Vieira Lima, nega que haja um prazo para o rompimento, mas confirma que há “um processo em curso” para que isso aconteça. Como ele já tinha antecipado em 26 de agosto, o partido deve deixar o governo em breve. “Cresce ainda mais no partido quem pensa como eu, que chega de PT. Não tem mais como dar sustentação. Mas não tem um prazo para rompimento, não tem como marcar uma data”, afirma Geddel.
Mesmo sem estabelecer o congresso como prazo, o peemedebista reconhece que o evento deve ser um momento crucial para articulação deste movimento. “Acho que vai ter uma explosão dos diretórios estaduais. As posições vão ficar mais claras”, avalia.
O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, não acredita em um rompimento total do PMDB com o governo de Dilma. Ele explica que o “PMDB não é um partido que tenha unidade interna” e lembra que desde as eleições já tinha uma ala da legenda que foi contrária ao apoio ao PT. Mas o petista avalia que esse grupo não aumentou.
“Parte já entrou rompido, mas a ampla maioria (deve continuar com o governo). Há exemplo do (vice-presidente Michel) Temer, Renan (Calheiros, presidente do Senado) e (o ministro de Aviação Civil, Eliseu) Padilha”, pondera Everaldo Anunciação.
>> Temer – Ainda segundo a Folha de S. Paulo, a ideia dos peemedebistas seria convencer o PSDB a manter o vice-presidente Michel Temer (PMDB) no comando de um governo de transição, no caso da saída de Dilma. Ele seria o responsável por controlar a crise política e econômica. “Muitas e muitas vezes dizem assim: ‘O Temer quer assumir o lugar da presidente’. Eu não movo uma palha porque aí sim eu seria oportunista. Aí, eu violaria a minha história”, respondeu o vice-presidente da República ao ser chamado de oportunista.
