Chinesa Traxx quer ganhar mercado no Brasil

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Foto: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias
Foto: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias

A Traxx quis começar sua aventura brasileira por baixo. Ou seja: modelos de baixa cilindrada, de baixo custo e que atendessem a consumidores de baixa renda – classes C e D. E desenhou detalhadamente seus planos de ocupação no Brasil, com modelos de 50 cc e de 125 cc. Montou uma fábrica em Manaus, no Amazonas, instalou sua sede administrativa em Fortaleza, no Ceará, e concentrou forças nas regiões Norte e Nordeste. Agora a marca chinesa inicia a segunda parte de seu planejamento: crescer tanto a cilindrada dos modelos quanto nas outras regiões do país. Para isso, a marca está apresentando duas novas linhas: a Fly e a TSS, as duas com versões de 150 e de 250 cc.
A única parte da estratégia da Traxx que não mudou foi a aposta em preços mais baixos que as rivais de tamanho semelhante. A linha on/off-road Fly, por exemplo, custa R$ 7.299 e R$ 9.390, para os modelos de 150 e de 250 cc, respectivamente. Já a esportiva TSS – sigla para Traxx Street Sport – sai por R$ 5.999 na versão de 150 cc e por R$ 9.590 na de 250 cc. Estes valores ficam aproximadamente 30% abaixo dos cobrados por motocicletas de marcas japonesas. No caso da linha Fly, fica até um pouquinho abaixo aos preços praticados pela conterrânea Shineray na sua linha on/off-road.
Em cada uma das linhas, a diferença entre os modelos de 150 cc e os de 250 cc não vai muito além do motor. O propulsor menor tem cinco marchas e exatos 149 cm³, com 12,2 cv de potência e 1,2 kgfm de torque. A alimentação é por carburador. Já o motor maior é injetado, tem radiador de óleo e traz seis marchas, 223 cm³, 16 cv de potência e 1,7 kgfm de torque. Na linha Fly, a suspensão traseira é sempre monochoque e a dianteira é telescópica na 150 e invertida na 250. Já a linha esportiva TSS tem sempre a mesma configuração de suspensão: bichoque na traseira e garfo telescópico na frente. Na duas linhas, os freios são a disco na frente e atrás e a partida é elétrica.
A expectativa é que estas novas linhas façam a atual distribuição da marca no país se equilibrar com os números do mercado. Hoje a Traxx tem 44% de suas vendas no Nordeste, 15% no Norte e 26% no Sudeste. No mapa de vendas no país, o Nordeste responde por 36%, o Norte por 13% e o Sudeste por 32%. Um ponto que pode ajuda nessa equalização é a garantia de dois anos que a Traxx oferece nos seus modelos. Outro auxílio virá do aumento de 50% do número de concessionárias em três anos, quando vai passar dos atuais 120 para 180.
por Eduardo Rocha
Auto Press

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