Jeep Compass: alternativa que vale a pena

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Fotos: Marcus Lauria

Feliz com as vendas do Renegade, a Jeep (FCA) ampliou seus investimentos no Brasil e, mesmo em um momento de crise, trouxe ao mercado mais um rebento de sua planta em Goiana (PE), o Jeep Compass, um projeto global, fabricado aqui para combater não só os concorrentes da categoria acima do Renegade (caso do Hyundai ix35, Kia Sportage, VW Tiguan, etc), como para oferecer até mesmo uma alternativa aos SUVs compactos, cujos preços estão cada vez mais elevados.
O carro vem com duas opções de motor, mas a versão testada aqui utiliza um inédito 2.0 16V Tigershark, com potência de 159/166 cv @ 6.200 rpm (G/E) e torque de 19,9/20,5 kgfm @ 4.000 rpm e é dono de um dos roncos mais bonitos entre os motores 4 cilindros que já experimentei. Disponível apenas nas versões 4×2 e casado a uma transmissão automática de 6 velocidades, o motor dá conta de carregar os 1.541 kg do carro sem muita dificuldade, como pode comprovar os bons 10,2 s que o carro levou de 0-100 km/h em nosso teste. A contrapartida fica no consumo, um pouco elevado como veremos a seguir.
Antes de verificar a usabilidade do carro, convém admirar o visual, que traz a grade característica dos Jeep, mas carrega uma identidade própria no visual, sem parecer um “Grand Renegade” ou um “mini Cherokee” por exemplo. Suas linhas são sóbrias e atraentes, com a imponência típica de um SUV, sem parecer grande ou desajeitado demais. A versão testada traz rodas aro 18, mas de forma alguma elas parecem grandes demais para o SUV, e se tornam um belo arremate ao estilo bem resolvido.

Semelhanças aceitáveis

Fotos: Marcus Lauria

Dentro do carro há um pouco mais de Renegade do que gostaríamos, caso dos bancos e de alguns detalhes visuais do painel e do cluster. A diferença que salta aos olhos é a grande tela da central multimídia, a mesma que existe no Fiat Freemont/Dodge Journey, por onde é possível controlar uma série de recursos do carro, inclusive o ar-condicionado de duas zonas. Com materiais macios ao toque e bons encaixes, o aspecto dentro do carro é de requinte.
O espaço interno no Compass é generoso, mesmo para ocupantes mais altos, e o porta-malas dele comporta 410 litros. Sua posição de dirigir é boa, fácil de encontrar, graças aos bons ajustes de banco e coluna de direção. A visibilidade é boa através de vidros e retrovisores, com ajuda dos sensores de estacionamento e da câmera de ré, faltando apenas os mesmos sensores na dianteira. Seu diâmetro de giro de 11,3 m é apenas razoável.
No uso urbano, o Compass se mostra bem amigável, graças à visão elevada e ao motor 2.0 que entrega uma boa dose de torque em baixa quando solicitado. O câmbio Aisin é suave e faz boas trocas de marcha, sem matar o ritmo do carro. Seu conjunto de suspensão McPherson nas 4 rodas é herdado do Renegade, enquanto sua habilidade para transpor buracos e ondulações é a mesma do irmão menor, ou seja, o carro roda de forma suave, praticamente ignorando as imperfeições do asfalto. Seu grande incômodo é o consumo: observamos apenas 8 km/l com gasolina e ar-condicionado, mostrando que a FCA pode melhorar um pouco o rendimento do Tigershark.

Bom na terra e no asfalto

Fotos: Marcus Lauria

Já na estrada o Compass se comporta de forma excelente, com ótima estabilidade, rolagem contida da carroceria e freios bem calibrados. Em curvas nem parece um SUV, tamanho o equilíbrio do carro. Seu isolamento acústico é bom, e a solidez do carro transmite uma boa sensação de segurança. Direção e câmbio também merecem nota 10, mostrando que a época dos SUVs ruins de curva ficou no passado. Parte do mérito vem dos pneus Pirelli Scorpion Verde de medida 225/55 R18, que casam bem com o conjunto. E, assim como na cidade, o carro vai mal no consumo, rendendo apenas 10,8 km/l na estrada, com gasolina e ar ligado.
No geral, o Jeep Compass se mostra uma excelente arma da FCA para crescer ainda mais suas vendas, especialmente no mercado brasileiro. O preço de R$ 109.990 (R$ 117.990 no carro testado) está longe de ser uma pechincha, mas uma vez que o comprador escolha esse carro, terá certeza que levou para casa um excelente SUV.

*Ficha técnica:

Motor/Performance
Motorização: 2.0
Alimentação Injeção multi ponto
Combustível Álcool Gasolina
Potência (cv) 166.0 159.0
Cilindrada (cm3) 1.995 N/D
Torque (Kgf.m) 20,5 19,9

Dimensões
Altura (mm) 1635
Largura (mm) 1819
Comprimento (mm) 4416
Entre-eixos (mm) 2636
Peso (kg) 1432
Tanque (L) 60.0
Porta-malas (L) 408
Ocupantes 5

Mecânica
Câmbio Automática com modo manual de 6 marchas
Tração Dianteira
Direção Elétrica
Suspensão dianteira Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Suspensão traseira Suspensão tipo McPherson e traseira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Freios Quatro freios à disco com dois discos ventilados.

*Dados do fabricante

Por Marcelo Silva

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