O coadjuvante que chegou para alavancar as vendas

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Fotos:  Marcus Lauria
Fotos: Marcus Lauria

O Chevrolet Tracker está em nosso mercado há algum tempo, mas seu papel sempre foi de coadjuvante, especialmente depois da chegada do Honda HR-V. Inicialmente importado do México apenas na versão mais cara, LTZ, que hoje custa a partir de R$ 87.290, o SUV compacto da Chevrolet vendia pouco, mesmo com o bom conjunto oferecido. Para tentar reverter essa situação, a partir deste ano a marca traz também a versão LT, mais simples, com preço inicial de R$ 77.790.
Não é uma pechincha, mas é uma boa redução em relação à versão mais cara, e dá ao Tracker condições de tentar encarar as versões mais simples dos rivais Ford EcoSport, Renault Duster, Jeep Renegade, Peugeot 2008 e Honda HR-V. Apesar de ter encarado uma drástica redução na lista de itens de série, o carro continua trazendo o motor 1.8 16V de até 144 cv e transmissão automática de 6 velocidades, que fazem um bom trabalho para colocar o SUV em movimento.

Fotos:  Marcus Lauria
Fotos: Marcus Lauria

Como não há almoço grátis, o comprador do Tracker LT terá que se contentar em levar para casa um carro que não oferece sequer computador de bordo, além de deixar de lado itens como central multimídia, cruisecontrol, sensor de estacionamento, comandos do rádio no volante e controles de tração/estabilidade (ausentes no LTZ também). Em contrapartida, o carro traz rodas aro 16, acabamento correto, bom espaço interno e transmissão automática, bem como os itens triviais: ar-condicionado, CD player (sem USB) e trio elétrico.

Dois pesos e duas medidas

Fotos:  Marcus Lauria
Fotos: Marcus Lauria

A posição de dirigir do Tracker é uma das mais interessantes já vistas nos SUVs compactos do mercado, com ampla regulagem de altura do banco e coluna de direção na posição correta. Há bom espaço interno para todos, inclusive passageiros altos, mas o porta-malas leva apenas 306 litros. Sua visibilidade é boa para a frente e através dos retrovisores laterais, mas a visibilidade traseira é prejudicada pela coluna C larga e, em manobras, faz falta sensores de estacionamento e/ou uma câmera de ré. O diâmetro de giro de 11,3 m torna bem manobrável o SUV de 4,25 m de comprimento, 1,78 m de largura e 2,55 m de entre-eixos.
Sob o capô está o mesmo motor 1.8 16V Ecotec que equipou o Cruze da geração anterior (o novo usa um motor 1.4 turbo), propulsor aspirado com duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape, que rende 140/144 cv @ 6.300 rpm de potência e 17,8/18,9 kgfm @ 3.800 rpm de torque (G/E). Combinado à transmissão automática GF6 de seis velocidades, o motor carrega bem os 1.390 kg do SUV, proporcionando desempenho satisfatório ao carro. Seu consumo não foi aferido devido à ausência do computador de bordo, e o carro não foi avaliado pelo Inmetro quanto ao rendimento.
Em uso urbano, nota-se o bom ajuste de suspensão do Tracker, que permite um rodar bem confortável, especialmente com o uso de pneus 205/70 R16, cujo perfil alto permite boa absorção das irregularidades de nosso asfalto crocante. Com bom porte e boa altura de rodagem, é prazeroso dirigir o SUV no caos urbano, especialmente graças ao conforto dos bancos e ao bom isolamento acústico. Sua transmissão entende bem as necessidades de kickdown e troca marchas no tempo certo, mas peca em não ser das mais suaves.

Feito para o asfalto

Já em rodovias, a suspensão do Tracker se mostra novamente bem acertada, com reações seguras e previsíveis, pouca inclinação nas curvas e dinâmica boa para um SUV. A falta de ESP não pode ser justificada por isso. Seus freios são discos ventilados na dianteira e tambor na traseira, mas seguram bem a onda e param sem sustos, com atuação suave do ABS. O Cx de 0,35 é bom para um SUV, e resulta em uma boa fluidez em velocidade de cruzeiro, sem ruídos aerodinâmicos. Ponto positivo para a solidez da carroceria, realmente notável.
Sua aptidão para o fora de estrada é nula, tanto que o carro usa pneus de asfalto e tem altura de suspensão baixa, e esse é um ponto bem positivo, melhor do que alguns concorrentes que vendem uma imagem aventureira, mas reclamam até mesmo em ruas de paralelepípedo.
No geral, o Tracker LT entrega uma boa experiência dinâmica, com motor de desempenho satisfatório e ótimo conforto no uso urbano. Porém, fica devendo itens que deveriam ser mandatórios em um carro que custa quase R$ 80.000, como o computador de bordo e sensores de estacionamento na traseira, bem como o ESP ou mais airbags. Fato é que o Tracker é caro, seja na versão LT ou LTZ, e os concorrentes custam menos enquanto entregam mais, mas se o Tracker é o seu preferido, faça um esforço e leve a versão LTZ para casa.

*Ficha técnica:

Motor/Performance
Motorização: 1.8
Alimentação Injeção multi ponto
Combustível Álcool Gasolina
Potência (cv) 144.0 140.0
Cilindrada (cm3) 1.796
Torque (Kgf.m) 18,9 17,8
Velocidade Máxima (Km/h) 189 189
Tempo 0-100 (Km/h) 11.5

Dimensões
Altura (mm) 1647
Largura (mm) 1776
Comprimento (mm) 4248
Entre-eixos (mm) 2555
Peso (kg) 1355
Tanque (L) 53.0
Porta-malas (L) 306
Ocupantes 5

Mecânica
Câmbio Automática com modo manual de 6 marchas
Tração Dianteira
Direção Hidráulica
Suspensão dianteira Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Suspensão traseira Suspensão tipo eixo de torção, roda tipo semi-independente e molas helicoidal.
Freios Dois freios à disco com dois discos ventilados.

*Dados do fabricante

Por Marcelo Silva

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