O poder dos estímulos ( parte I )

(Carlos B. G. Pecotche)


Nada gravita mais sobre a vida do ser do que o estímulo, e nada se mostra mais esquivo às pretensões humanas.

O homem anda, por assim dizer, às tontas pelo mundo, como a nave que sulca os mares sem direção, como as nuvens que vagam pelo espaço. Salvo raras exceções, passa seus dias imerso na maior desorientação. É visto constantemente a se queixar de sua sorte, deprimido e até enfastiado com as diversões. Poderíamos dizer que ele não encontra na vida justificativa para sua existência. E se por momentos algo satisfaz seu espírito, saturando-o de felicidade, isso é só um instante em relação à distância que medeia entre o princípio e o fim de sua vida.

O desconhecido o atrai, uma vez que tudo é mistério para ele. Seu conhecimento é ínfimo, se comparado com toda a Sabedoria que o rodeia e que, por sua limitação, não percebe; inconscientemente, porém, experimenta uma necessidade íntima de penetrar e descobrir, para tranquilidade própria, tudo aquilo que seu entendimento não discerne, que nem sua razão nem sua inteligência podem julgar, e que por um desígnio natural excita e fustiga constantemente sua natureza, convidando-a a participar da vida universal que flui de toda a Criação; a essa vida o homem permanece alheio, desconhecendo-a e até menosprezando- a em sua total intemperança, como uma prova cabal e irrefutável de sua inconsciência. Toda a desdita do ser humano provém, precisamente, da incapacidade para organizar a vida e encarar os problemas da existência como corresponde à hierarquia de seu gênero.

É notável observar que, sendo o estímulo o que instantaneamente produz um efeito edificante, a ponto de reavivar um entusiasmo incomum no indivíduo, este se preocupe tão pouco em aproximá-lo de si, para experimentar as saudáveis reações que proporciona à alma.

Pode-se dizer que o estímulo é como que uma força viva que interpenetra o ser e o satura de novas energias; mas poucos, muito poucos, são os que sabem aproveitar esta força viva e manter o máximo de tempo possível a reação benéfica do estímulo, conservando o entusiasmo que ele gera.

Quando o ser se sente animado pelos melhores anelos e empreende um labor que lhe resulta grato e propício à sua evolução, deve tratar de não desanimar em seus afãs, bem como de manter o ritmo de suas atividades, esforçando-se para que estas não decaiam ou se ressintam, a fim de não experimentar as consequências desfavoráveis da inércia mental, pois bem se sabe que ela traz consigo a indolência, o tédio e o abandono.

A atividade mental(l) deve representar para o ser humano o único campo favorável ao maior desenvolvimento de suas faculdades. A capacitação individual se obtém graças à intensidade da atividade e à perseverança nos objetivos. Temos, portanto, que a capacidade de produção será tanto maior quanto maior for o esforço e mais firme a vontade de produzir.

O conhecimento daquilo que cada um se propõe fazer é o que garante a eficácia das ações e o que assegura o êxito.

A atividade é sinal de um bom estado mental. Quando o homem trabalha, não há agitações mentais nocivas nem maus pensamentos. A ociosidade procria o vírus do inconformismo e gera as ideias mais estranhas ao sentir e à moral humana.

A atividade mental cria novas necessidades para a inteligência, e esta, por sua vez, estimulada pelos acertos da razão, expande suas luzes, atende e resolve as novas situações que se apresentam, permitindo uma atividade ainda mais intensa.
Destaque: O conhecimento daquilo que cada um se propõe fazer é o que garante a eficácia das ações e o que assegura o êxito.

Logosofia – maiores informações: Centro de Difusão e Informação de Logosofia de Nova Iguaçu – CDIL NI – Endereço: Rua Paulo Fróes Machado, 58 sala 502 (ao lado da rua dos cartórios) – Centro de Nova Iguaçu – Telefones: (21) 2767-9713 (terças e quintas feiras de 18:00 às 20:00 e (21) 9645-60246 – visite o site www.logosofia.org.br

error: Conteúdo protegido !!