‘Doutor Bumbum’ vai prestar novo depoimento nesta sexta-feira


‘Doutor Bumbum’ foi preso nesta quinta-feira Foto: reprodução

Após ser preso por policiais militares do 31º BPM (Recreio) nesta quinta-feira, o médico Denis César Furtado permanece detido na 16ª DP (Barra da Tijuca), onde vai prestar novo depoimento nesta sexta-feira. Segundo o advogado do “Doutor Bumbum”, Marcus Cezar Feres Braga, o médico e a mãe, Maria de Fátima Furtado, também acusada de participar do caso, passaram bem a noite. Braga aguarda o laudo médico da necropsia para entender o que de fato aconteceu na noite do episódio. O advogado espera que o documento seja liberado até a próxima segunda-feira.

“O laudo é que vai poder dizer as circunstâncias da morte. Meu cliente garante que ela saiu bem da casa dele, andando. Precisamos saber o que houve depois que ela chegou ao hospital”, afirmou Braga na porta da delegacia na manhã desta sexta-feira.

O “Doutor Bumbum” é acusado de realizar o procedimento estético que levou à morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos. A transferência dos dois pode acontecer nesta sexta-feira ou no fim de semana. Denis, a mãe, a namorada do médico, Renata Fernandes Cirne, e a enfermeira Rosilane Pereira, são investigados pelo crime e responderão por homicídio qualificado e associação criminosa.

“Ele está extremamente abalado com toda essa história. Vocês viram o nervosismo dele durante a coletiva prestada na delegacia. Estranho seria se ele mostrasse uma calma característica de alguém que está acostumado a estampar páginas policiais”, disse Braga.

A delegada titular da 16ª DP, Adriana Belém, vai confrontar os depoimentos de Denis, Maria de Fátima e Renata com o das testemunhas. Desde o último domingo, pacientes que realizaram o mesmo procedimento e outras que agendaram a aplicação de PMMA e desmarcaram por motivos diversos estão sendo ouvidas na delegacia.

Ainda de acordo com Braga, a tese de defesa de Denis e Maria de Fátima ainda não foi elaborada, já que, segundo o advogado, o inquérito está se iniciando agora. Durante a entrevista, Braga aproveitou para “externar condolências a família” da bancária Lilian Calixto.

“Foi um caso de grande comoção. Meu cliente ficou com medo, e por isso não se apresentou aqui na delegacia antes.

Em relação ao depoimento do taxista que teria levado Lilian até a cobertura de Denis, na Barra da Tijuca, Braga conta que não teve acesso ainda à integra do que foi falado pelo motorista. Há divergências entre as versões do taxista e do médico em relação aos horários e à saída da bancária do local onde foi realizado o procedimento clínico. Ele espera que as imagens que seriam colhidas pela polícia mostrem que Lilian saiu andando depois da aplicação.

“A gente não sabe o que aconteceu depois que ela ingressou no hospital. O fato é que ela entrou lúcida e consciente. O que aconteceu depois é uma lacuna. Como meu cliente mesmo disse, foi vetado o acesso dele. Volto a repetir, o ponto-chave do caso é o laudo cadavérico, que vai efetivamente atestar a causa da morte. Todo o resto é especulação. Meu cliente tá disponível e colaborando com a investigação”, disse.

error: Conteúdo protegido !!