A MAIOR GLÓRIA A QUE UM PAÍS PODE ASPIRAR

* Carlos B. González Pecotche

Nada deu maior prestígio aos povos civilizados do que o desenvolvimento de sua capacidade de estudo, capacidade que foi tanto mais ampla quanto mais oportunidades eram oferecidas à inteligência para sua livre manifestação.
Nenhum povo teria podido sobressair e ocupar um lugar privilegiado no conceito das nações, nem figurar entre os mais destacados da História, se não tivessem existido esse esforço louvável da inteligência, que edificou tantas obras, esclareceu tantas mentes e propiciou tantos exemplos.
A força moral das nacionalidades surge sempre da potência de sua cultura e da ilustração de seus pensamentos. A capacidade de estudo cresce ou descresse segundo seja o estímulo que recebe para seu desenvolvimento. Nenhum trabalho deveria ser mais respeitado do que aquele que a inteligência realiza, pois só a ela se deve à soma dos avanços obtidos em todas as ordens da vida.
A decadência dos povos sobrevém quando são privados do maior dos estímulos que o pensamento dos homens sempre reclamou: a liberdade.
Não se pode negar que o que engrandece uma nação, mais do que sua riqueza material é o concurso e o esforço dos homens inteligentes. No respeito às prerrogativas da consciência humana, na preponderância dos valores individuais e na justa estimação dos conceitos é que reside, invariavelmente, a melhor prova de sua independência e soberania.
O sentimento de nacionalidade surge da capacidade de estudo e de trabalho de uma nação.
O conceito de pátria exalta os deveres do cidadão, para resguardar a invulnerabilidade de sua terra natal. Os direitos e os deveres são dois trilhos paralelos que, sem nunca se juntarem, fazem avançar em marcha ascendente a máquina do progresso.
A que glória maior pode um país aspirar que a de sobreviver entre os primeiros, por sua contribuição ao melhoramento humano, e a de contar com pessoas capazes que, ultrapassando as melhores, façam surgir por todas as partes à necessidade de consulta-las como autoridades reconhecidas no mundo inteiro?
Quantas forças já não vimos malograr-se em pleno desenvolvimento, por não encontrarem o ambiente propício nem o alento que tanto contribui para avivar a chama do entusiasmo e do empenho? Em geral, toda idéia nova nasce na mente do homem sem outro amparo que a sua própria força moral. Duras e penosas são as horas que se seguem a seu nascimento; defende-se a idéia como se defende a própria vida; por ela se luta e por ela costumam ser experimentados os mais cruéis momentos, sobretudo se, triunfando contra a violência dos insensatos, contra a indiferença ou a inveja da maioria, ela ganha corpo e se expande, beneficiando generosamente a espécie humana.
Propiciar, pois, a capacidade por meio do estudo, exaltando a consciência em manifestações amplas do pensar e do sentir, é realizar uma obra fecunda, e é o melhor investimento que o capital político, social e espiritual de um povo pode fazer, se quer alcançar os cumes da glória.

Autor da Logosofia – Carlos B. González Pecotche – Centro de Difusão e Informação de Logosofia de Nova Iguaçu – CDIL NI – End. Rua Paulo Fróes Machado, nº 58 sala 502. Horário: Terças e Quintas Feiras das 18:00 às 20:00 horas. Telefone: (21) 27679713 e (21)21964560246

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