Sem atendimento pediátrico nas emergências, moradores de Belford Roxo recorrem a outras cidades

Por CÍNTIA CRUZ , extra                Com dois filhos doentes, o mecânico de refrigeração Jackson Paiva, de 27 anos, teve que rodar três emergências até conseguir atendimento. Mas só encontrou médicos fora de sua cidade, no Hospital Infantil Ismélia da Silveira, em Duque de Caxias. Buscar socorro em outros municípios tem sido a realidade de muitos pais em Belford Roxo. Há quase duas semanas, o hospital infantil parou de atender. A situação da emergência pediátrica é a mesma no Hospital Municipal (Hospital do Joca) e no Posto de Saúde Unidade Mista do Lote Quinze. Na unidade infantil, funcionários estão sem receber os meses de agosto de 2018 e março, abril e maio de 2019.  Meu filho de 3 anos está com febre e vomitando. Cheguei às 23h no hospital infantil. Como não tinha atendimento, fui para o Hospital do Joca. Também não estavam atendendo na pediatria. No hospital infantil de Caxias, não gostei do atendimento, porque não fizeram exames — queixou-se Jackson, que voltou ontem de manhã ao hospital infantil de Belford Roxo na esperança de encontrar a emergência aberta:

— A saúde é primordial. Investem muito em praças e pouco na saúde. O governo tem que rever o que é prioridade para a população.

Quem também procurou ontem o hospital infantil na cidade foi a dona de casa Paula dos Santos, de 40 anos. Há duas semanas, ela tenta, sem sucesso, atendimento na unidade e na unidade mista do Lote Quinze. A filha Juliana, de apenas 4 anos, estava com diarreia e dores de cabeça.

— No hospital infantil só atendem se a criança tiver febre de 40 graus. Vou para o PAM de Éden — disse Paula.

FOTO: CLÉBER JÚNIOR.extra

 

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