Desemprego fica em 12,3% em maio e atinge 12,9 milhões. Desalento atinge nova máxima

       A taxa de desemprego no Brasil recuou levemente, para 12,3% em maio deste ano, atingindo 12,9 milhões de brasileiros. No período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019, que serve como base de comparação para este indicador, o desemprego era de 12,4%. O resultado ficou dentro do estimado pelos analistas de mercado.

Para especialistas, a falta de dinamismo da economia, a baixa confiança dos empresários e o ritmo ainda lento dos investimentos dificulta uma melhora no emprego.

— Estes dados apontam, mais uma vez, que as condições da demanda doméstica irão seguir fragilizadas e, assim, o PIB não deve ter prognóstico melhor. Em alguma medida, os dados do Caged divulgados ontem já apontavam na mesma direção e, assim, se confirma o péssimo momento do mercado de trabalho – diz André Perfeito, economista-chefe da Nécton Investimentos.

Na quinta-feira, o Ministério da Economia divulgou os dados do Cadastro geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a maio deste ano. O país criou 32.140 empregos com carteira assinada, o menor nível para o mês desde 2016.

Segundo os dados   do IBGE, a taxa de desemprego em maio ficou ligeiramente abaixo de igual período do ano passado, quando estava em 12,7%. Mas, mesmo com o ligeiro recuo da taxa, os números do mercado de trabalho ainda mostram um quadro muito ruim.

O total de desalentados (pessoas que não procuram emprego porque acreditam que não conseguirão uma vaga) bateu recorde: 4,9 milhões.

A subutilização também atingiu níveis recordes no trimestre encerrado em maio: 28,5 milhões de brasileiros estão nesta situação. Na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro, houve um aumento de 744 mil pessoas nesta categoria.

O número de trabalhadores por conta própria é mais um indicador que atingiu níveis recordes na série história da Contínua. São 24 milhões de brasileiros nesta situação. Na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro, a categoria ganhou 322 mil trabalhadores.

Quando a comparação é inter anual, ou seja, com maio de 2018, o aumento é muito mais acentuado: 1,1 milhão passaram a trabalhar por conta própria.

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