Consórcio contra violências na Baixada vai ter centro de comando em Caxias

PRF faz blitz na Washington Luís: o consórcio prevê integração entre forças Foto: reprodução

Há uma semana, uma loja no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi furtada por um homem. Do local, foram levados dois aparelhos celulares. O comércio fica a alguns metros do Centro de Operações de Nova Iguaçu (Conig), fechado há dois anos e meio. O Conig foi inaugurado em 2016 com o objetivo de monitorar a cidade 24 horas por dia, com 74 câmeras instaladas no Centro e em bairros adjacentes. Apesar de estar inativo, os equipamentos do Conig poderão ser levados para Duque de Caxias. A cidade vai sediar o Consórcio Intermunicipal de Segurança Pública da Baixada Fluminense (Cispbaf), composto pelos 13 municípios da região e Mangaratiba.

No imóvel, que fica no Jardim Vinte e Cinco de Agosto, também vai ser implantado o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC-BF), que vai lançar mão de tecnologia e serviços de inteligência para combater a violência.

— Existe muito monitoramento, mas não tem inteligência. Procuramos no mundo o que há de melhor em tecnologia. O CICC vai ter 500 câmeras. Hoje, em Caxias, são 40 — afirmou o presidente do Cispbaf, o prefeito Washington Reis (MDB).

O GloboO CCIC — que será inaugurado junto com a sede do Cispbaf, até novembro deste ano, segundo Reis — vai permitir a integração entre diferentes centros para compartilhamento de informações e tomadas de decisão em conjunto. O consórcio também prevê integração entre as polícias Militar, Federal, Rodoviária, Samu, Guarda Municipal, entre outras corporações.

O investimento total, segundo Reis, é de mais de R$ 50 milhões, e terá contrapartida das prefeituras participantes:

— Da Alerj serão R$ 15 milhões. Cada prefeitura vai dar uma contrapartida. A de Caxias será de R$ 5 milhões. O CICC do Rio vai ser um puxadinho perto do nosso.

Entre as inovações tecnológicas estão o sistema de reconhecimento facial, sistema inteligente de leitura de placas de veículos, análise de vídeo que permite detectar pessoas, objetos ou veículos em situações suspeitas, entre outros.

O prefeito de Duque de Caxias e presidente do consórcio, Washington Reis Foto: Cléber Júnior / Agência O GloboMunicípios no consórcio

Belford Roxo e Magé disseram que aguardam as próximas reuniões do consórcio para que sejam definidas as contrapartidas entre os municípios, como combinado no último encontro. Queimados disse que o próximo passo é assinar um termo de intenção de participação, para levar à votação na Câmara. São João de Meriti informou que, por enquanto, ainda não foi exigida nenhuma contrapartida do município. Mesquita afirmou que “o valor em dinheiro a contribuir é o que menos importa, desde que nenhum município seja tratado de forma individual”. Nilópolis não respondeu.

A Prefeitura de Nova Iguaçu informou, por meio de nota, que a sua contrapartida para financiamento do consórcio de combate à violência ainda está sendo discutida. A administração afirma ainda, sobre o Centro de Operações de Nova Iguaçu (Conig), que “a empresa que ganhou a licitação para administrar o sistema está fazendo os ajustes dos equipamentos para reabertura ainda este ano”.

 

 

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