As mudanças no ponto de ônibus ao entorno do Top Shopping continuam transformando a vida do cidadão Iguaçuano em um completo caos.
Não bastasse a falta de estrutura que força passageiros a se acotovelarem nas calçadas, sujeitos ao sol e a chuva, as baias curtas que mal estacionam dois coletivos por vez paralisam o tráfego no horário de pico na Rua Dr. Athaíde Pimenta de Moraes e Avenida Governador Roberto Silveira, agora é a vez dos comerciantes da região reclamarem – e com toda razão.
Muitas foram as lojas fechadas e quem resiste paga altos valores de aluguel e impostos para ver o faturamento caindo em 80%, forçando a demissão de funcionários e fechamento do negócio.
– Só no meu estabelecimento foram 5 demissões, e se não recuperarmos o faturamento, teremos que fechar, nos conta uma comerciante tradicional da região.
Organizados, comerciantes e donos de estabelecimentos reuniram-se com o Secretário de Transporte e Mobilidade Urbana e o resultado não agradou – Sobre a situação das famílias que perderam sua fonte de renda, a resposta foi dolorosa “ Entre a minha família e a deles, prefiro a minha”.
A reportagem do Jornal de Hoje foi conferir na tarde de ontem a situação após as mudanças impostas pela Secretaria e pode constatar o grande transtorno que é causado na hora do rush no local.
Duas viaturas da secretaria ficam estacionadas nos pontos, sem agentes no carro que permanece ligado todo o tempo consumindo recursos pagos pelos contribuintes.
A maioria dos passageiros reclamam que além da desorganização, já que não há um agente no ponto anterior para orienta-los sobre a mudança, não há cobertura obrigando os usuários dos transportes coletivos a ficarem expostos ao sol e a chuva.
A estudante Carolina Lopes, de 21 anos, moradora do bairro Ponto Chic, contou que a mudança para o atual ponto só veio a prejudicar os passageiros, pois muitas das vezes por não ter vaga na baia para entrar os ônibus passam direto sem atender quem ficou esperando.
