“O drama do sapo”

Num entardecer, encontrava-se um sapo jantando todo inseto que encontrasse em seu caminho, quando, de repente, ao observar um grande e robusto que andava por ali, pensou: “Está para mim! Vou me servir um lauto banquete!”.

E, dando dois ou três saltos, cumprindo sua intenção, quis engoli-lo de uma só bocada; entretanto, como o bicho era maior que sua garganta, engasgou. Em vão fez esforços para tragá-lo, pois o inseto, que tinha um bom ferrão e patas de serra, começou com toda a fúria a espetar-lhe a língua e a machucar-lhe o céu da boca. Mas o sapo, obstinado, não quis largar sua presa e, depois de um desesperado esforço, acabou por engoli-lo. Quase no mesmo instante, viu-se que ele se pôs a fazer movimentos que lhe eram pouco habituais: dava saltos, caía de costas, retorcia-se e revirava os olhos,

denotando um sofrimento atroz. Enquanto isso, o bicho continuava ferroando-o por dentro… até que, finalmente, em violentas contorções, o sapo preferiu fazê-lo voltar por onde havia entrado.

O inseto estava intacto e, tão logo se sentiu livre, subiu sobre uma pequena pedra para se secar. Dolorido e mal-humorado, o sapo o olhava com rancor, até que decidiu regressar à sua cova e ficar

quieto.

Isso é o que acontece aos que dão cabida em suas mentes a algum pensamento estranho. Depois, custa-lhes livrar-se dele, e, se o conseguem, não deixam por isso de sofrer as consequências de suas terríveis e venenosas alfinetadas

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(Carlos B. G. Pecotche – do livro Intermédio Logosófico)

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