Chilena que cometeu furtos em série e riu em delegacia é solta em audiência de custódia

Os chilenos Priscilla Alexandra Pohl Munoz e Victor Manuel Gonzalez Beiza, presos no último sábado acusados de integrarem uma quadrilha que cometeu uma série de furtos no Rio e em São Paulo, foram soltos nesta terça-feira após audiência de custódia no Tribunal de Justiça do Rio. Eles foram detidos por agentes da 14ª DP (Leblon) e da a 19ª DP (Tijuca) no último sábado após o bando — que tem seis integrantes — fazer uma família com um bebê de dois meses refém durante assalto em um apartamento no Recreio, na Zona Oeste do Rio.

A dupla que foi libertada já havia sido detida em São Paulo, no início do mês, quando se preparava para cometer furtos num shopping da capital paulista. Na ocasião, Priscilla posou rindo para fotos dentro da delegacia. No entanto, como não tinham mandado de prisão em aberto contra os dois, ambos foram liberados. Na semana seguinte, o bando começou a agir no Rio.

Na decisão, o juiz Rafael de Almeida Rezende argumenta que “diante das circunstâncias e natureza do crime a eles imputado, tudo indica que, em caso de eventual condenação, sequer darão início ao cumprimento da pena em regime fechado, com o qual guarda similitude a prisão preventiva”.

Os seis integrantes do bando foram identificados como responsáveis por diversos crimes em shoppings de luxo nas capitais paulista e carioca. Segundo a investigação da 14ª DP (Leblon), a quadrilha saiu de São Paulo rumo ao Rio há apenas duas semanas, quando Priscilla e Victor foram detidos pela polícia.

A passagem da quadrilha por São Paulo tem outra curiosidade: dois integrantes do bando permaneceram quatro meses presos naquele estado com nomes falsos. Diego Alejandro Briceno Salas, 28 anos, Juan Luís Flores Espejo, de 45, foram presos e denunciados à Justiça paulista pelo furto de uma TV, relógios e R$ 13 mil de uma casa em São Paulo. Entretanto, como estavam com documentos falsos à época, os nomes que constam no processo judicial contra a dupla são Luís Abrahan Flores Curillan e Emílio Rene Golppi Perez. Os dois só foram reconhecidos pela polícia graças à cooperação do consulado chileno.

No Rio, vítimas já reconheceram integrantes da quadrilha como responsáveis pelo furto de duas bolsas com valores de mais de R$ 10 mil no Barra Shopping e no Shopping Leblon nas últimas duas semanas. Os integrantes do bando iam até as praças de alimentação e esperavam o melhor momento para dar o bote. Quando não estavam cometendo crimes, os chilenos aproveitavam pontos turísticos da cidade: a polícia teve acesso a fotos do bando na praia.

Neste sábado, a quadrilha arrombou o portão de um prédio situado na Avenida Genaro de Carvalho, no Recreio, e invadiram um imóvel. Lá, eles mantiveram como refém uma família, incluindo um bebê de dois meses. As vítimas foram amarradas e os bandidos roubaram seus bens, como dinheiro, relógio, celular, cordão de ouro e até uma pulseira do bebê. A quadrilha foi presa no mesmo dia numa ação conjunta da 14ª DP com a 19ª DP (Tijuca).

Três dos bandidos foram autuados por furto qualificado e associação criminosa. Os outros três, que estavam com documentos falsos da Venezuela e contaram na delegacia que eram venezuelanos, irão responder por roubo qualificado, associação criminosa e também por uso de documento falso.

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