Flamengo sofre, mas passa pelo Inter e pega o Grêmio na semifinal da Libertadores

O roteiro de classificação com sofrimento era improvável diante da vantagem de dois gols. Mas Flamengo e Libertadores têm um histórico que não se pode ignorar. A vaga na semifinal depois de 35 anos, para enfrentar o mesmo Grêmio, veio em uma atuação desequilibrada contra o Internacional. O empate em 1 a 1 após sair atrás no placar evitou um drama maior. Gabriel, depois de perder dois gols, passou de vilão a herói e deixou tudo igual no segundo tempo, quando o Inter foi superior e largou na frente com Rodrigo Lindoso. As semifinais serão disputadas nos dias 2 e 23 de outubro, primeiro na Arena do Grêmio e depois Maracanã.

Era para o Flamengo liquidar a classificação no primeiro tempo. Foram cinco chances de gol, duas claras, nos pés de Gabriel. O centroavante parou em Marcelo Lomba. A superioridade rubro-negra também se mostrava clara na defesa. O Internacional só chutou a gol aos 41 minutos, fora isso apenas bolas aéreas assustaram. Tudo por conta da formação do Flamengo, marcada por jogadores de técnica mobilizados na marcação. Somente Cuéllar, que voltou muito bem ao time, dava um combate mais direto. Os demais anulavam o Inter ocupando os espaços.

A primeira oportunidade do jogo foi de Éverton Ribeiro. Em seguida, Gabigol recebeu bola açucarada de Cuéllar e jogou por cima, com desvio do goleiro. Aí foi a vez de Bruno Henrique arrematar de longe; Lomba pegou de novo. Bruno então serviu ao centroavante do Flamengo em contra-ataque, mas Gabigol errou a finalização.

Na etapa final, o Inter mudou. Voltou pressionando mais e empurrou o Flamengo para trás. Deu certo. Em bola alçada na área, Lindoso marcou de cabeça, em lance confirmado pelo árbitro no vídeo. O time rubro-negro aparentou sentir o gol e o cansaço. Passou então a rebater bolas sem conseguir a posse. Piris entrou no lugar de Cuéllar, com amarelo, e o time recuou de vez. Mas tinha fôlego para um contragolpe. Bruno Henrique deu o gás final, e Gabriel tocou para o fundo da rede sem marcação.

Após a partida, Gabigol disse que as chances duas chances desperdiçadas no primeiro tempo não o abalaram. Ele também elogiou os compenheiros de time.

– Jamais me deixaria me abater pelo lado psicológico. O lado psicológico tem de ser mais forte que qualquer outra coisa. Falhei duas vezes, acontece, fiz o que sempre faço, na primeira bola, teve uma sorte do goleiro, a bola bateu na cabeça dele. Na segunda bola tirei muito, mas como a gente conversou no vestiário, falei que ia fazer mais um. Primeiro por causa da minha qualidade e também porque jogo ao lado de companheiros incríveis – disse o camisa 9.

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