O tricolor levou a melhor sobre o Fogão no primeiro jogo da semifinal, mas não jogará por empate na volta, garantem os jogadores
Foto: Nelson Perez/Divulgação

Após derrotar o Botafogo por 2 a 1 na primeira partida das semifinais, o Fluminense está a um empate de conseguir a classificação para a decisão do Campeonato Carioca. Porém, o técnico Ricardo Drubscky e os jogadores garantem que a postura do Tricolor será bem ofensiva no reencontro entre os dois times, no sábado (18), às 18h30, no Maracanã.
Ricardo Drubscky entende que a vantagem de poder empatar em um jogo desse é mínima, já que o resultado é imprevisível pelo equilíbrio dos dois times envolvidos na disputa. “As duas equipes vão entrar no clássico com o pensamento de ganhar a partida. Foi assim no sábado passado, mesmo com o Botafogo tendo a vantagem mínima, e será assim no próximo clássico, mesmo com o Fluminense tendo uma vantagem que também é mínima. Os dois times têm características ofensivas e isso torna o jogo aberto, mesmo com o regulamento beneficiando um ou outro”, disse o treinador.
Para o volante Jean, se o Fluminense entrar em campo pensando na vantagem do empate, pode “encontrar muitas dificuldades”, então a formação das Laranjeiras precisa ir para a partida pensando em balançar as redes e garantir o triunfo. “Ganhamos o primeiro jogo quando o Botafogo tinha a vantagem do empate e não podemos permitir que o nosso adversário dê o troco. Temos que seguir buscando o gol para que a classificação seja confirmada”, analisou o jogador.

TJD da Ferj pode suspender Fred e tirá-lo da decisão da vaga na final
Foto: Nelson Perez/Divulgação

O goleiro Diego Cavalieri vê a partida do próximo sábado como um clássico com o mesmo cenário dos anteriores e por isso mesmo entende que o desprezo pela vantagem obtida na ida deve ser grande. “Não acredito que o Fluminense vai pensar em vantagem do empate, pois quando a bola começa a rolar em um clássico os jogadores não pensam em empate e sim em buscar a vitória. Os dois times atacaram no primeiro jogo e acredito que isso vai se repetir na segunda partida”, comentou o arqueiro.
Após a folga de domingo o elenco do Fluminense se reapresentou ontem, mas apenas a partir desta quarta-feira é que Ricardo Drubscky deverá começar a dar uma cara na formação que vai a campo. Jogadores com problemas musculares como os zagueiros Henrique e Marlon serão analisados pelo departamento médico e o acúmulo de dificuldades na zaga se tornou uma preocupação para a comissão técnica.
As boas notícias ficam por conta do retorno do lateral-direito Wellington Silva e do atacante Kenedy, que cumpriram suspensão no clássico passado. A maior preocupação, porém, envolve o atacante Fred, que nesta quarta será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) por conta das críticas feitas ao Campeonato Carioca após ter sido expulso na derrota de 3 a 0 para o Flamengo, no dia 5 de abril. As chances dele ser suspenso são grandes, pelo clima tenso entre a Ferj e o clube das Laranjeiras.
Fora de campo a diretoria não chegou a um acordo com os empresários que pretendem comprar os direitos federativos do atacante Kenedy e repassá-lo ao Chelsea, da Inglaterra. Uma nova rodada de negociações deverá acontecer na terceira semana deste mês.

René Simões estuda barrar Jobson

O comportamento do atacante Jobson ao ser substituído durante a derrota de 2 a 1 para o Fluminense, no sábado passado, pode custar caro ao jogador, que vinha sendo elogiado pelo bom comportamento depois de amargar um histórico de indisciplina. Isso porque o técnico René Simões estuda barrar o atleta e deu pistas de que isso pode acontecer já nesta quarta-feira, às 19h30, contra o Botafogo-PB no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ), pela rodada de volta da primeira fase da Copa do Brasil.
No treino tático e de dois toques que comandou na manhã de ontem, René Simões não montou times com 11 jogadores, até porque peças importantes do time ficaram na academia fazendo reforço muscular, como o lateral direito Gilberto e o volante Willian Arão. Porém, normalmente os atletas considerados titulares usam colete com René e nesta segunda os que estavam com a peça eram os zagueiros Alisson e Renan Fonseca, os meias Elvis, Tomas e Diego Jardel e os atacantes Rodrigo Pimpão e Bill. Enquanto isso Jobson treinou na equipe que parecia ser a de reservas.
Após o clássico contra o Fluminense René criticou publicamente o comportamento de Jobson: “Se ele ficou insatisfeito com a substituição, eu também fiquei insatisfeito com o futebol que ele jogou. Então, estamos empatados. Eu o tirei porque achei que era o momento e acabou”, disse René.

Por: Jota Carvalho