Pai, avô e neto são presos acusados de aplicar golpes contra idosos

Investigações da Polícia Civil duraram cerca de seis meses. Prisões ocorreram no início deste mês

   
   Três pessoas da mesma família foram presas, pela Polícia Civil, por estelionato. Paulo Barbosa dos Santos, 70 anos, o filho Alberto Oliveira dos Santos, de 42 anos, e o neto Bruno Santos Pereira, 23, eram alvos de investigações, há seis meses, da 17ª DP (São Cristóvão). O trio é acusado de aplicar golpes contra idosos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Nos últimos meses eles arrecadaram cerca de R$ 30 mil.

Uma ação conjunta entre a Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizou a família, no início deste mês de setembro, na Rodovia Lúcio Meira, em Três Rios, na Região Centro-sul Fluminense do Estado. De acordo com o delegado Hilton Alonso, titular da 17ª DP, a divulgação só foi feita nesta segunda-feira por conta da continuidade das investigações. “A gente deu continuidade nas investigações para tentar identificar a participação de outras pessoas, mas essa possibilidade foi descartada e conseguimos concluir o inquérito”, explica Alonso.

Ao menos 20 casos é atribuído ao trio. A família que é oriunda de São Paulo e, segundo as investigações, desde o segundo semestre do ano passado que eles estavam instalados no Rio.

Entenda como a quadrilha atuava

De acordo com as investigações da Polícia Civil, Bruno Santos era o responsável por identificar as residências que seriam atacadas pelo bando. Ele visitava os locais oferecendo cursos de informática visando, única e exclusivamente, identificar residências em que houvesse um idoso sozinho no local.

Após identificar os alvos, passava as informações para o pai e o avô, que entravam em ação logo depois.

Uniformizados, Paulo e Alberto se passavam por funcionários da concessionária de energia Light. Eles aproveitavam da fragilidade das vítimas e alegavam que era preciso realizar o reparo em uma peça no relógio que poderia colocar em risco a rede elétrica do imóvel. A troca da peça teria um custo de R$ 300.

O bando usava uma máquina de cartões que pegava os dados das contas bancárias das vítimas e, conforme imagens obtidas durante as investigações, a quadrilha de posse dos cartões e senhas, realizava saques bancários e efetuava compras, como vale presentes que não geravam volume, no intuito de esgotar os valores das contas de suas vítimas.

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