Um menino de oito anos foi baleado enquanto brincava na quadra do Residencial Carlos Marighella, condomínio do programa Minha Casa Minha Vida em Itaipuaçu, Maricá, na Região Metropolitana do Rio. O caso ocorreu na tarde deste domingo. A criança foi atingida no braço e encontra-se estável.
De acordo com a PM, policiais do 12º BPM (Niterói) foram acionados para verificar disparos de armas de fogo no local e, chegando lá, receberam informações de que uma criança tinha sido atingida. No hospital, a mãe do garoto informou aos PMs que ele brincava na área externa quando uma vizinha gritou para que entrassem depressa. Em seguida, ela começou a ouvir a rajada de tiros e encontrou o filho ferido.
O menino foi socorrido na UPA de Inoã, levado ao Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá, e transferido ao Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, onde continua internado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, seu estado é considerado estável.
O caso foi registrado na 82ª DP (Maricá) como lesão corporal provocada por projétil de arma de fogo. A Polícia Civil informou, ainda, que as investigações estão em andamento.
Cinco jovens mortos em chacina em 2018
O condomínio é o mesmo onde uma chacina vitimou cinco jovens em 25 março do ano passado. Sávio de Oliveira Vitipó e Patrick da Silva Diniz, de 19 anos, Mateus Bitencourt da Silva, de 18, Marco Jonathan da Silva Oliveira, de 17, e Matheus Baraúna dos Santos, de 16 anos, não tinham antecedentes criminais.
— Eles voltavam de um show do cantor Projota quando foram abordados e executados. Mandaram deitar no chão e gritaram “somos da milícia”. Meu sobrinho era do bem, fazia rap, já ganhou concurso de passinho. Queremos justiça — pediu Adriana Silva, de 49 anos, tia de Marco Jhonatan, na época do crime.
Três homens foram presos, incluindo João Paulo Firmino, apontado como o autor dos disparos. De acordo com a Polícia Civil, eles integram a milícia que atua na região. A investigação apontou que o crime seria um recado da milícia local, que tentava entrar no condomínio à época do crime, aos moradores. Não foi identificado, porém, o mandante da ação.