Ibope aponta queda na aprovação de Bolsonaro nos últimos três meses

 

 

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira, sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), indica que a aprovação do presidente Jair Bolsonaro caiu no último trimestre. Os dados foram adiantados pelo blog do jornalista Lauro Jardim no GLOBO. A avaliação positiva do governo era de 35% no primeiro trimestre, 32% no segundo e agora chegou a 31% (entrevistados que o consideram “ótimo e bom”). A avaliação negativa cresceu de 27% em abril para 32% em junho e atingiu 34% na última pesquisa (respostas que avaliam a gestão como “ruim ou péssima”).

A parcela que considera a administração regular era de 25% no início do ano, passou a ser de 27% na segunda pesquisa e permaneceu nesse mesmo patamar em setembro. O Ibope entrevistou 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 19 e 22 de setembro.

Houve redução no nível de confiança em Bolsonaro. Em abril, 51% dos entrevistados pelo Ibope demonstraram confiar no presidente. Em junho, esse número caiu para 46% e agora chegou a 42%. A falta de confiança aumentou: representava a opinião de 45% dos entrevistados em abril, 51% em junho e 55% na consulta mais recente.

A maneira pela qual Bolsonaro governa ganhou a desaprovação de 50% dos entrevistados agora em setembro. O número era de 40% em abril, na primeira consulta, e já tinha atingido 48% em junho. A aprovação da forma como o presidente administra o país era de 51% em abril, passou a ser de 46% em abril e agora é de 44%.

As perspectivas para os próximos três anos e três meses de governo dividiram os entrevistados do Ibope da seguinte maneira, em setembro: 37% deles creem que o restante do mandato de Bolsonaro será ótimo ou bom (eram 45% em abril e 39% em junho); 27% têm expectativa regular (eram 25% em abril e 27% em junho) e 31% projetam que a gestão será péssima ou ruim (o número era de 23% em abril e 29% em junho).

Os números do Ibope demonstram a mesma tendência que os do Instituto Datafolha, cuja pesquisa mais recente foi divulgada no início de setembro com indicativo de que a reprovação de Bolsonaro aumentou de 33% a 38% em pouco menos de dois meses.

CRÍTICAS A IMPOSTOS, JUROS E DESEMPREGO

A pesquisa do Ibope também questionou entrevistados sobre a avaliação deles em relação às áreas de atuação do governo. Os piores indíces de reprovação são relativos a impostos (62%), taxas de juros (61%), combate ao desemprego (59%) e saúde (58%). Os melhores indíces de reprovação ficaram com a segurança pública (51%), a educação (44%), o combate à inflação (42%) e o meio ambiente (40%).

Em comparação com o governo que antecedeu o do presidente Bolsonaro, 43% dos entrevistados consideraram que a atual administração é melhor que a de Michel Temer (MDB), enquanto 33% compreenderam que as gestões são iguais e 20% definiram o trabalho de Bolsonaro como pior que o do emedebista.

REGIÕES E ESCOLARIDADE

Analisada através de um recorte regional, a aprovação do governo Bolsonaro é menor no Nordeste, onde apenas 20% dos entrevistados o avaliam como ótimo ou bom e 47% o consideram ruim ou péssimo. No Sul, onde há as maiores aprovações, os indíces positivos são de 36% (eram 52% em junho) e os negativos são de 28%.

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