Confusão envolve Max Lemos no posto de gasolina

Jaquez Kepalz                                                                                                                                                                                                                       Uma grande confusão política está acontecendo em Nova Iguaçu envolvendo o nome do ex-prefeito de Queimados e deputado estadual Max Lemos, depois que o rapaz foi convidado para disputar as eleições para prefeito da cidade.
O convite provocou alteração nas estratégias de vários prováveis candidatos e acelerou as discussões nas rodas de conversas políticas na cidade. Em todas elas, parece que o nome desse tal Max faz arder todas as feridas sociais e públicas em Nova Iguaçu.
Dia desses um grande bate-boca se estabeleceu próximo a um posto de gasolina, há 300 metros de distância da casa do Max, na esquina da Estrada de Madureira com a rua Dr. Thibau, no Centro.
Várias pessoas discutiam sobre atrasos da vida política da cidade e algumas delas responsabilizavam prefeitos, alegando que Nova Iguaçu parou de crescer.
O papo esquentou quando um empresário, muito conhecido na região, disse que Nova Iguaçu deixou de ser atraente para instalação de novas empresas e que a ‘menina dos olhos’ da classe empresarial, atualmente, era a cidade de Queimados.
Disse que nos dois governos de Max Lemos quase 50 empresas se instalaram por lá, as vendas comerciais bombaram e centenas de novos empregos surgiram na cidade. Houve contestação e o papo ficou ainda mais quente, quando um intruso motorista deixou o carro abastecendo e se meteu no bate-boca.
“Eu estava falindo com minha loja aqui. Fechei, fui pra Queimados e minhas vendas subiram 200%”, testemunhou o rapaz.
Esse motorista incendiou a conversa falando que Max levou todas agências bancárias, lojas de departamentos, mercados e um monte de coisas para Queimados e ainda asfaltou mais de 500 ruas, melhorando a mobilidade urbana, facilitando e dando mais velocidade ao entra-e-sai de consumidores da periferia para o centro comercial. E lembrou que ele foi reeleito com mais de 90% dos votos dos eleitores.
A essa altura da confusão alguns já falavam dos fracassos de Rogério Lisboa e outros governos, enquanto o motorista desembestava sua falação sobre Max e os avanços em Queimados, quando ele foi prefeito.
Um de cabelos grisalhos disse que o deputado Max Lemos não é de Nova Iguaçu. O empresário do início do papo discordou. “É daqui, sim. Nasceu em um distrito de Nova Iguaçu chamado Queimados, que virou cidade. Então é de Nova Iguaçu”, justificou.
O caldo engrossou de novo, com direito a empurrões e dedo na cara, quando um motorista, da janela de uma velha combi em abastecimento, disse que era de Miguel Couto e que Nova Iguaçu está cheio de políticos… (palavras impublicáveis) e que lá (Miguel Couto) as pessoas falavam em votar no Max.
Observei que haviam seis pessoas no início na conversa e que, em uns 10 minutos, a discussão já envolvia exatas 15 pessoas. Percebi, no final, que parte do grupo concordava com o papo do motorista. Outra parte questionava sem ataques e quatro se dividiam entre os recentes prefeitos, ponderando as suas falhas. Pareciam amigos deles.
A impressão que tive, ao ficar observando a confusão da porta da loja de conveniência, foi a de que, nessa crônica sobre o cotidiano político de Nova Iguaçu, as pessoas querem mudar a cidade para melhor e sonham com uma nova alternativa.

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