Inspetores penitenciários prendem acusado de matar estudante em Nova Iguaçu

 

Nilton Pereira foi preso na manhã de hoje, no bairro Adrianópolis, em Nova Iguaçu. Conhecido como Neném, ele suspeito de ter matado Marcela Souza de Oliveira, de 26 anos, no fim de maio. O corpo da jovem foi encontrado no começo do mês seguinte perto do Rio Iguaçu.

A prisão foi efetuada por agentes da Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Sispen), em parceria com a 21ª Promotoria de Investigação Penal (PIP). Marcela era filha de um inspetor penitenciário. Ao ser identificado, Nilton atirou contra os agentes e foi baleado. A suspeita é que ele tenha abordado a jovem com a intenção de roubar seus pertences. Ao vê-la resistir ao assalto, Nilton teria atingido a vítima com um tiro na nuca.

Com 10 anotações criminais (três por homicídio), Nilton era considerado evadido desde 18 de outubro de 2017, quando não retornou ao Instituto Penal Benjamin de Moraes Filho (onde estava preso) após ser contemplado com o benefício de visita periódica  periódica ao lar

RELEMBRE O CASO 

Marcela desapareceu em 27 de maio e teve seu corpo localizado no último dia 1º de junho. Na ocasião, as suspeitas do crime recaíram sobre William dos Santos, de 33 anos, namorado dela.

Marcela havia sido vista com vida, pela última vez, pouco antes de deixar a casa do namorado no Bairro de Vila de Cava. O reconhecimento do corpo foi feito pelo pai de Marcela, Jefferson de Jesus Oliveira, que a identificou por uma tatuagem que a filha tinha nas costas.

Santos e Marcela haviam dormido juntos no dia do sumiço. Ele saiu para trabalhar às 7 h, e ela ficou dormindo. Ela ia almoçar com os pais, mas não apareceu.

— A gente se assustou porque ela não é de fazer isso. De sair sem dar satisfação. E começamos as buscas. Fomos no hospital, na delegacia e no IML — contou o namorado na ocasião.

O corpo de Marcela de Souza Oliveira, de 26 anos, que estava desaparecida desde o dia 27 de maio, foi enterrado na tarde desta segunda-feira, no cemitério municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Cerca de cem pessoas acompanharam a cerimônia. Antes do sepultamento, parentes e amigos prestaram uma última homenagem à memória da jovem, cantando músicas e fazendo um momento de oração diante do caixão, que foi mantido fechado.

A jovem foi morta com um tiro na cabeça, na região da nuca, de acordo com o laudo preliminar do exame cadavérico da vítima, feito por peritos do Instituto Médico-Legal. De acordo com o exame inicial, não há sinais de que Marcela teria sofrido algum tipo de violência sexual. A informação foi divulgada pelo “RJTV 1ª edição”. Muito abalado, o pai da jovem, Jefferson de Jesus Oliveira, fez apenas um breve desabafo.

Antes de o caixão ser depositado na urna funerária, uma amiga da família fez um discurso com palavras de conforto.

— A esse pai, que sempre foi muito dedicado, e a toda a família, estamos aqui nesse momento apenas para oferecer o nosso abraço. Não tem palavras que possam consolar — disse ela.

Parentes e amigos de Marcela de Souza Oliveira deverão prestar depoimento, ainda nesta segunda-feira, na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), encarregada de investigar o assassinato.

Entenda o caso

A jovem estava desaparecida desde o dia 27 de maio. Ela foi vista com vida, pela última vez, pouco antes de deixar a casa do namorado, no Bairro de Vila de Cava, em Nova Iguaçu. O corpo foi encontrado no sábado, no Rio Iguaçu, mesmo local onde já haviam sido achados os documentos e as roupas de Marcela.

O reconhecimento do corpo foi feito pelo pai de Marcela, Jefferson de Jesus Oliveira, que a identificou por uma tatuagem que a filha tinha nas costas.

O Rio Iguaçu fica a aproximadamente 40 minutos de carro, ou 1,6 quilômetros de distância do bairro Vila Cava, onde mora William dos Santos, de 33 anos, namorado da Marcela. Ele contou que ela dormiu com ele no dia do sumiço. William saiu para trabalhar às 7h, e ela ficou dormindo. Ela ia almoçar com os pais, mas não apareceu.

— A gente se assustou porque ela não é de fazer isso. De sair sem dar satisfação. E começamos as buscas. Fomos no hospital, na delegacia e no IML — contou o namorado,

Maria Penha Oliveira, mãe de Marcela, disse que falou com a filha na manhã de segunda-feira, quando foi até a casa de William e combinou de almoçar com ela mais tarde.

— Ela não estava atendendo telefone porque aqui é ruim de rede. Quando consegui falar com o William no serviço, ele falou que ela tinha ficado em casa. Foi então que eu vim aqui. Quando cheguei, ela disse que ia colocar comida para as cachorras e ia para casa — contou a mãe.

 

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