No plenário da Alerj, Max Lemos (MDB) mostrou fotos de Rogério Lisboa (PR) reunido com vereadores de Queimados, um dia antes de o grupo pedir o afastamento do prefeito Carlos Vilela
As eleições municipais do ano que vem voltaram a ser o pano de fundo das discussões na Assembleia Legislativa (Alerj). Na tarde desta quinta-feira (10), o deputado Max Lemos (MDB) usou a tribuna para denunciar o prefeito de Nova Iguaçu Rogério Lisboa (PR), acusando- o de estar por trás do afastamento do prefeito de Queimados, Carlos Vilela, que é seu aliado.
Ao microfone, chamou Lisboa de “prefeito golpista” e apresentou fotos do gestor sentado à mesa da Casa do Alemão, em Duque de Caxias, com os vereadores de Queimados. Segundo ele, o encontro aconteceu na última segunda, um dia antes de o prefeito Carlos Vilela ser afastado.
O fato é que Lisboa e Max Lemos disputarão a Prefeitura de Nova Iguaçu, no ano que vem.
“Quero deixar um recado para o prefeito golpista de Nova Iguaçu. Rogério Lisboa, a democracia é que vale. Na bala, na ponta da bala, não vai resolver. Não é com uma pistola em cima da mesa que vão caçar um prefeito inocente!”, disparou. “Já encaminhei pedido de segurança ao secretário de governo. Rogério Lisboa, não vou parar de caminhar em Nova Iguaçu”.
Ainda de acordo com Max, um dos que estavam sentados à mesa com Lisboa, era seu ex-subsecretário de Obras, Jefferson Ramos. Ele foi preso na última quarta-feira (9), acusado de pertencer a uma quadrilha de milicianos de Austin. Outra acusação é de porte ilegal de arma.
Afastamento do prefeito de Queimados
A Câmara Municipal de Queimados, na Baixada Fluminense, aprovou, na última terça-feira (8), o afastamento do prefeito Carlos de França Vilela do cargo. O afastamento duraria 180 dias. Ele é acusado de não fazer repasses à previdência dos servidos do município. Tais pagamentos foram parcelados em 60 vezes, mas o pagamento não teria sido efetuado em dois deles. O político tenta reverter, na Justiça, seu afastamento.
