Policia Civil Prende Homem Foragido Que Participou da Extorsão de R$2.000.000,00 (dois milhões) ao Prefeito de Porto Real

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Ailton  Marques, vítima da extorsão

 

Policiais Civis da 60ª DP (Campos Elíseos/Duque de Caxias)   coordenados pelo Delegado de Polícia Titular da Unidade, Drº Uriel Alcântara Machado, prenderam na manha de hoje, Michel  Cardoso  Santana, de 31 anos, cumprindo em seu desfavor um mandado de prisão preventiva por crime de extorsão, expedido pelo Juízo da Vara Única de Porto Real-RJ, onde tramita a ação penal.

Policiais Civis desta Delegacia, após serviço de inteligência e monitoramento de foragidos escondidos, no município de Duque de Caxias, encontraram Michael, réu em ação penal por crime de extorsão e foragido da justiça, em sua residência, onde tentou fugir mas foi capturado.

Michel e outros três homens que figuram como réus na mesma ação penal marcaram uma reunião com o prefeito municipal de Porto Real, Aílton Marques, exigindo mediante grave ameaça exercida com uso de armas de fogo, a quantia de R$2.000.000,00 (Dois milhões de reais), tendo este fato ocorrido no ano de 2019.

O valor exigido seria referente a uma “dívida de campanha” deixada pelo prefeito Jorge Serfiotis que veio a falecer em 2017 e foi sucedido pelo vice, atual prefeito, Aílton Marques, vítima da extorsão, sendo proposto a ele transferência de patrimônio e realização de contratos e licitações para pagamento da exigência.

Entre os réus, figura o filho de Jorge Serfiotis que chegou a atuar como Secretário de Desenvolvimento Econômico do município de Porto Real, tendo a reunião mencionada ocorrida em seu escritório com os outros acusados, que em uma das ocasiões chegaram ao município de helicóptero.

O preso encontra-se custodiado nesta distrital e será encaminhado ao sistema prisional, ficando a disposição da justiça.

A 60º DP deixa à disposição da população o telefone (21) 98596-7244 (whatsapp), ressaltando-se a importância da colaboração com informações e denúncias, garantindo-se o total anonimato.

RELEMBRE O CASO

Denúncia do MP-RJ detalha extorsão feita ao prefeito de Porto Real

O documento do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que denuncia a extorsão feita por Adriano Serfiotis, o filho do ex-prefeito de Porto Real, Jorge Serfiotis, foi divulgado nesta quinta-feira (20). Nele é possível ter acesso aos detalhes da tentativa de extorsão e ameaças feitas pelo suspeitos e outros três envolvidos ao atual prefeito do município, Ailton Marques. A denúncia foi aceita pelo Tribunal de Justiça.

Segundo o MP-RJ, o grupo dizia extorquir o ex-prefeito e cobrava dinheiro que também seria usado na campanha eleitoral do pai de Adriano.

No dia 2 de maio deste ano, 2019, o documento afirma que dois dos denunciados, acompanhados de um policial civil e um policial militar armados, chegaram de helicóptero à sede da prefeitura de Porto Real exigindo uma reunião com o prefeito. A PM foi acionada e os quatro foram levados para a delegacia, ouvidos e liberados. Nessa época, a investigação já estava em curso.

De acordo com o documento, a extorsão começou no dia 24 de abril, Adriano atraiu o prefeito Ailton Marques para o escritório dele, onde estavam mais cinco pessoas, entre elas, os outros três denunciados. Ele disse que o grupo estava ali para cobrar uma dívida de R$ 2 milhões — dinheiro que teria sido pago para a campanha eleitoral de Jorge Serfiotis, pai de Adriano, que morreu por insuficiência respiratória em julho de 2017.

A denúncia detalha ainda que o prefeito Ailton Marques, que assumiu o cargo por ser vice, alegou desconhecer a dívida, mas foi impedido de deixar o local, ameaçado de morte sob a mira de armas de fogo. O MP-RJ transcreveu uma longa conversa telefônica gravada pelo atual prefeito, no dia 1º de maio, em que um dos envolvidos faz ameaças à vítima, voltando a citar os R$ 2 milhões e reforçando um suposto combinado feito com o ex-prefeito Jorge Serfiotis.

Ainda segundo o MP-RJ, o telefone utilizado por um dos envolvidos para fazer ameaças ao atual prefeito foi cedido por Adriano e a linha estava no nome dele. Os envolvidos informaram na conversa que, mesmo se mudasse o prefeito de Porto Real, a dívida continuaria para quem assumisse o cargo.

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