Light terá reajuste que chegará a 14,35% para clientes de baixa tensão em áreas rurais

Os clientes residenciais terão o aumento de 5,91%, comerciais de 6,05% e Iluminação Pública, 5,99%

 
Redes aéreas de energia. Light. Local: Nova Iguaçu, RJ. Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia –
   A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça, o reajuste de 5,91% na tarifa dos clientes residenciais da Light. A definição aconteceu durante a 7ª Reunião Pública Ordinária da Diretoria da Aneel e entra em vigor a partir de 15 de março, próximo domingo.

A partir dessa data, os clientes residenciais atendidos na baixa tensão, terão o aumento de 5,91%, enquanto os demais clientes da baixa tensão (comerciais, Iluminação Pública e os que vivem em áreas rurais) perceberão aumento de 6,05%, 5,99% e 14,35%, respectivamente. Já para os clientes atendidos na alta tensão (grandes indústrias, por exemplo), os percentuais médios irão variar entre 6,53%% e 7,46%.

Até o próximo sábado, dia anterior ao reajuste, os clientes serão cobrados pela tarifa antiga, que será reajustada a partir do dia seguinte. Tendo como exemplo, em uma conta de energia com medição de consumo até 20 de março, o consumidor observará que, até o dia 14 de março, o valor a pagar será correspondente ao da tarifa anterior e, nos 6 dias seguintes, à nova.

A Light informou também que a tarifa divulgada hoje pela Aneel não incorpora o adicional associado ao Sistema de Bandeiras Tarifárias e nem a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip), administrada pela Prefeitura do Rio de Janeiro por meio da RioLuz.

Do reajuste, apenas 1,11 ponto percentual fica com a Light

Vale ressaltar ainda que, do total do reajuste, a Light fica apenas com 1,11 ponto percentual do efeito médio. Este valor é aplicado no pagamento dos custos com manutenção e expansão da rede, no combate ao furto de energia e no atendimento aos mais de 4 milhões de clientes. Os outros 5,10 pontos percentuais são para cobrir despesas não gerenciáveis pela Light, principalmente custos que ela tem com a compra de energia.

Compra de energia: importante causa para o aumento da tarifa

A projeção dos custos relativos à “compra de energia” para os próximos 12 meses é responsável por 2,79 pontos percentuais do reajuste médio da tarifa. Esta é, portanto, uma das principais razões do aumento da tarifa da distribuidora e tem como principal causa o aumento de 16,3% do dólar em relação ao reajuste de março de 2019, que impactou no aumento das despesas referentes aos contratos com a UHE Itaipu e a UTE Norte Fluminense, que juntas representam 39% da energia contratada pela Light vem dessas duas usinas.

Outro fator relevante foi a ocorrência, ao longo de 2019, de aumento de despesas associadas a itens não gerenciáveis pela Light – como compra de energia e transmissão (rede básica) – sem a devida cobertura tarifária. Na época, tais aumentos de custos foram bancados pela Light e, agora, a Aneel está repassando aos consumidores, conforme determina o contrato de concessão da empresa.

Apenas 16,50% da conta de luz ficam com a Light

Do total de 100 reais de uma conta de luz, apenas 16,50 reais ficam com a distribuidora de energia. Os outros 83,50 reais são totalmente repassados para o pagamento dos seguintes itens que compõem essa conta:

ü 32,7% destinam-se ao pagamento da energia comprada pela Light para fornecer a seus clientes;

ü 32,5%, em média, são para o pagamento de impostos e tributos (ICMS, PIS/COFINS);

ü 10,9% cobrem encargos setoriais;

ü 5,9% são para cobrir gastos com o transporte da energia do ponto onde é gerada até o centro de consumo (é a transmissão da energia)

ü 1,5% refere-se ao custo necessário para arcar com a inadimplência de consumidores (Receitas Irrecuperáveis Regulatórias)

ü 16,5% é o que efetivamente fica com a distribuidora de energia, que usa esse valor para investir na expansão e manutenção de sua rede elétrica, pagar funcionários, combater furto de energia, entre outros.

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