Prefeito de Paulo de Frontin é alvo de operação do MPRJ contra fraude na compra de combustíveis

O prefeito de Engenheiro Paulo de Frontin, Jauldo Neto Foto: Divulgação

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou a operação Pharus nesta terça-feira para cumprir mandados de busca e apreensão por fraude em licitação na compra de combustíveis, peculato e lavagem de dinheiro em Engenheiro Paulo de Frontin, município no sul do Rio de Janeiro. Um dos alvos da ação é o prefeito da cidade, Jauldo Neto (PSC). Ele é réu por improbidade administrativa e atos de corrupção em ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva – Núcleo Vassouras. Segundo as investigações, houve dispensa na licitação para contratar de forma emergencial o posto Farol do Chafre para fornecimento de combustíveis ao município, em 2017. No período de um ano, o valor total foi de R$1.081.400,00.

Os valores cobrados estavam acima dos fornecidos por outras empresas, o que gerou um pagamento de mais de R$ 70 mil na operação, de acordo com estudo do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ). Em março do mesmo ano, o posto recebeu o pagamento de R$ 171.895,73 por meio de ajuste de contas apesar de não haver contrato firmado. O presidente da Câmara Municipal de Engenheiro Paulo de Frontin e irmão do prefeito, o vereador Kaio José Balthazar Ferreira, também é investigado. Houve cumprimento de mandados em outros seis municípios: Nova Iguaçu, Barra Mansa, Mendes, Paracambi, Barra do Piraí e Miguel Pereira.

O MPRJ diz que a escolha do posto teria sido motivada como “uma forma de retribuição pessoal, por ter sido este o fornecedor do combustível utilizado durante a campanha eleitoral do atual prefeito”. Há a suspeita de que o favorecimento tenha se estendido até este ano. Os sócios do Posto Farol do Chafre e os titulares de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas apontados como parte do esquema durante as investigações também foram alvos da operação de busca e apreensão. A organização usaria empresas para a lavagem de dinheiro.

Os citados na reportagem não retornaram o contato.

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