Suspeito de integrar milícia e de ser dono de mansões avaliadas em R$ 1 milhão escapa de cerco

Cartazes  com recompensas por informações que levem até a prisão de Tandera  e  Ecko Foto: Reprodução

Apontado pela Polícia Civil como sendo o encarregado de expandir os negócios da maior milícia do Rio para Seropédica e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Danilo Dias Lima, o Danilo Tandera, de 35 anos, conseguiu fugir de um cerco policial , nesta quinta-feira. Suspeito de ser o real dono de duas mansões e braço direito de Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe do grupo paramilitar da Zona Oeste, Tandera era um dos alvos de uma operação deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). A ação contou com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro para tentar cumprir seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão, todos expedidos pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu

 

Durante a ação, quatro pessoas foram presas. Duas prisões aconteceram em Nova Iguaçu e Mesquita, na Baixada, e uma em Campo Grande , na Zona Oeste. Um quarto mandado de prisão preventiva foi cumprido no Complexo de Gericinó, onde um dos alvos já estava cumprindo pena. Durante a operação foram apreendidos duas armas, documentos e telefones.

 

Na última sexta-feira, quando os agentes da Draco faziam uma diligência para preparar a operação desta quinta-feira, outras três pessoas foram presas ao interceptar um carro com policiais da especializada. Os detidos estavam armados e acabaram recebendo voz de prisão em flagrante. De acordo com as investigações, Danilo Tandera já expandiu os negócios da milícia como extorsões, cobrança de taxa de segurança, e venda de sinal clandestino de TV, para os bairros do Km-32 Grão Pará e Cabuçu , em Nova Iguaçu, e ainda para o município de Seropédica.

Em 2019, atendendo pedido feito em um inquérito instaurado pelo Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, a 1ª vara Criminal de Santa Cruz determinou o sequestro de cinco imóveis da milícia, incluindo duas mansões em nome de pessoas ligadas a Danilo Tandera.

Os imóveis, em Seropédica, valem cerca de R$ 1,1 milhão cada. A estimativa da polícia é que Danilo arrecade, por mês, cerca de R$ 4 milhões com a venda de botijão gás, terraplanagem, segurança ilegal, além de exploração de sinal de TV a cabo clandestina e comercialização de cigarros contrabandeados.

No mesmo inquérito, a polícia identificou doze cavalos da raça Manga Larga, sete ovelhas, cinco gansos e três veículos, entre eles uma BMW, estavam em uma propriedade sendo usados pela maior milícia do Rio para lavar o dinheiro sujo obtido com extorsões feitas pelo grupo paramilitar .

De acordo com as investigações, parte do dinheiro arrecadado por Tandera vai para o número um da maior milícia do Rio, Wellington da Silva Braga, o Ecko, um dos bandidos mais procurados do estado. Apontado pela polícia como sendo um homem extremamente violento, Tandera segundo as investigações, costuma estar à frente de invasões em áreas dominadas por bandos rivais e anda sempre armado com com fuzil e acompanhado de seguranças. O Disque-Denúncia (2253-1177) oferece recompensa de mil reais por informações que levem até a prisão do bandido. Já por Ecko a recompensa é de R$ 10 mil.

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